CAFÉ: NY acompanha dólar e clima no Brasil, fundos menos vendidos

15-06-2015


Os contratos futuros de café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) iniciam a segunda quinzena de junho de olho no dólar e no clima no Brasil. Os participantes concluem as rolagens de posição, antes do início do período de notificação de entrega do julho, a partir de segunda-feira da semana que vem.


No início da semana passada, os futuros de arábica subiram em meio ao enfraquecimento do dólar ante outras moedas e à posição vendida dos fundos de investimento, acima do esperado. O mercado, no entanto, não teve forças para avançar acima de 140 cents, fazendo máxima de 138,85 cents na quarta-feira (10).


Na quinta-feira os contratos tiveram significativa queda de pouco mais de 3%, acompanhando a recuperação do dólar. O mercado marcou mínima de 130,60 cents na sexta-feira, quando também não encontrou forças para romper o nível psicológico de 130 cents e acabou encerrando apenas com leve baixa. Existe um gap entre 127,05 cents e 128,15 cents que deverá ser preenchido.


Conforme esperado, os fundos de investimento reduziram o saldo líquido vendido em café na ICE, na semana encerrada em 9 de junho. Esses participantes, considerando futuros e opções, passaram de saldo líquido vendido de 18.899 lotes no dia 2 de junho para 7.538 lotes, de acordo com o relatório da Comissão de Comércio de Futuros de Commodities (CFTC), com posicionamento de traders, divulgado na sexta.


Já os fundos de índice cortaram um pouco o saldo líquido comprado no período, de 26.866 lotes para 26.390 lotes. Levando em conta apenas o mercado futuro, os fundos diminuíram o saldo líquido vendido, de 10.730 lotes para 452 lotes.


O clima nas regiões produtoras brasileiras deve continuar seco nos próximos dias, favorecendo a colheita. Segundo a Climatempo, uma frente fria conseguiu romper o bloqueio atmosférico no fim da semana passada, mas avança enfraquecida para alto-mar. O inverno começa oficialmente no próximo domingo (21), às 13h38.


Pelo indicadores técnicos, os contratos têm resistência a 135 cents e 140 cents. O suporte é de 130 cents e 128,15 cents.


Os futuros de arábica em Nova York iniciaram a sessão de sexta em baixa, viraram para o lado positivo e no fim do pregão perderam sustentação e acabaram encerrando mistos. A alta do dólar pode ter contribuído para segurar os preços. O dólar acabou encerrando com valorização de 0,32% a R$ 3,115. O vencimento julho encerrou em leve alta de 0,04% (5 pontos), a 132,05 cents. O mercado marcou máxima de 135,35 cents (mais 335 pontos). A mínima foi de 130,60 cents (menos 140 pontos).


O mercado físico de café teve alguns negócios na manhã de sexta-feira, favorecidos pelo dólar firme. À tarde, o produtor elevou os valores pedidos, travando as vendas, informa corretor de Santos (SP). O comentário na praça do litoral paulista é que café tipo 6, de boa qualidade, foi cotado a R$ 470 a saca. Pela manhã de sexta, o café tipo 6 foi negociado a R$ 465 a saca. A Eisa teria adquirido cerca de 2,1 mil sacas do produto. Café mais fraco, duro/riado, foi cotado a R$ 390/R$ 400 a saca. Grãos bebida rio são cotados a R$ 300/R$ 310 a saca.


Os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) informam que as cotações do arábica no mercado físico brasileiro se sustentaram na sexta-feira. O indicador Cepea/Esalq do Café Arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 429,78/saca de 60 kg, elevação de 1,66% no dia.


As cotações do robusta avançaram na sexta, porém, o feriado em Colatina (ES), importante praça de comercialização, limitou as vendas. O indicador Cepea/Esalq do robusta, tipo 6, peneira 13 acima fechou a R$ 302,45/saca de 60 kg, alta de 2,82% no dia. O tipo 7/8, bica corrida, encerrou a R$ 291,66/saca, elevação de 1,36% na mesma comparação – ambos à vista e a retirar no Espírito Santo.


Fonte: Agência Estado

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