CAFÉ: Nova York pode testar parte de baixo de intervalo

CAFÉ: Nova York pode testar parte de baixo de intervalo
  Os contratos futuros de café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) iniciam a última semana de abril, sem grandes novidades. O mercado trabalha dentro do intervalo entre 130 cents e 150 cents, desde o fim de fevereiro.

Na sexta-feira passada, o mercado foi decepcionante: pouco volume de negócios e baixa volatilidade. As cotações ficaram dentro do intervalo do dia anterior. Na semana, houve pequena valorização de 0,53% (75 pontos), com julho saindo de 141,40 cents para 142,15 cents.

Os fundos de investimento recompraram posição e diminuíram o saldo líquido vendido na semana encerrada em 21 de abril, conforme mostrou na sexta-feira o relatório da Comissão de Comércio de Futuros de Commodities (CFTC), com posicionamento de traders.

Os fundos passaram de saldo líquido vendido de 14.381 lotes no dia 14 para 9.087 lotes no dia 21, considerando futuros e opções.

Já os fundos de índice praticamente mantiveram o saldo líquido comprado no período de 25.154 lotes para 25.136 lotes. Levando em conta apenas o mercado futuro, os fundos reduziram o saldo líquido vendido de 5.339 lotes no dia 14 para 962 lotes vendidos no dia 21.

A época de colheita no Brasil se aproxima, mas sem grandes novidades. A exportação em abril, no entanto, perde força em relação ao recorde de março. Não há, ainda, notícias de frentes frias que possam derrubar as temperaturas e trazer risco de geadas nos cafezais.

Com relação ao câmbio, o enfraquecimento do dólar em relação a outras moedas tem favorecido a sustentação do mercado futuro de café, entre outras commodities. A divisa norte-americana operava abaixo de R$ 3,00 pelo segundo dia consecutivo, na sexta-feira.

No exterior, o dólar é pressionado pelo sentimento de que a economia norte-americana continua frágil e o Fed pode deixar para começar o aperto monetário mais tarde que o esperado, o que pressionou o dólar. O Fed revisa sua política monetária na próxima quarta-feira (29). O dólar fechou a R$ 2,9570, desvalorização de 0,71% no mesmo período.

Os indicadores técnicos sugerem que os contratos podem tentar níveis mais baixos, depois de não conseguirem trabalhar acima de 145 cents e 150 cents. O suporte é de 140 cents e 135 cents.

Os futuros de arábica em Nova York trabalharam de estáveis a alta na sexta-feira. Julho/15 acabou fechando com alta de 65 pontos (0,46%) a 142,15 cents. A máxima foi de 143,95 cents (mais 245 pontos). A mínima alcançou 141,50 cents (estável em relação ao fechamento anterior).

Os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) informam que as cotações do arábica no mercado físico brasileiro caíram na sexta-feira. O indicador Cepea/Esalq do Café Arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 442,68/saca de 60 kg, baixa de 1,82% no dia. Assim, o mercado físico de café arábica continuou desaquecido, com produtores ofertando poucos lotes.

Com relação ao mercado de robusta, os preços também não registraram significativas alterações. O indicador Cepea/Esalq do tipo 6, peneira 13 acima, fechou a R$ 294,11/saca de 60 kg, queda de 0,61% em relação ao dia anterior. O tipo 7/8, bica corrida, foi de R$ 285,20/saca, avanço de 0,42% na mesma comparação – ambos à vista e a retirar no Espírito Santo.