Os futuros do café na Bolsa de Nova York (Nybot) fecharam em alta nesta quarta-feira, chegando atingir bom nível de alta mas realizações de lucros forçaram algumas vendas. Compras de indústrias e especulativas e algumas coberturas sustentaram o mercado.
O setembro fechou em alta de 50 pontos, cotado em 111,65 cents por libra-peso (mínima de 111,10 cents e máxima de 112,25 cents). Dezembro fechou em alta de 55 pontos, cotado a 115,60 cents (mínima de 115,10 cents e máxima de 116,15 cents).
Londres – A Euronext/Liffe fechou estável nesta quarta. O contrato setembro permaneceu inalterado e registrou movimentação levemente superior a 5,3 mil lotes. Na máxima do dia, a posição ficou apenas 10 dólares abaixo do maior nível em nove anos, atingido no dia 22 de junho. O setembro ficou estável em 1.921 dólares e o novembro teve alta de 1 dólar, cotado a 1.912 dólares por tonelada.
Os estoques de cafés certificados da Nybot tiveram alta de 4.119 sacas, indo para 4,219 milhões de sacas. Outras 117.172 sacas estão aguardando certificação.
O spread de setembro para dezembro ficou em 395 pontos, contra os 390 pontos da terça-feira. O volume negociado foi estimado em 4.857 lotes, com as opções tendo 5.999 calls e 3.426 puts. No eletrônico da ICE foram registrados 9.136 contratos negociados.
O índice CRB de commodities apresentou força nesta quarta e refletiu positivamente no mercado. Na terça-feira, esse índice encerrou no melhor nível em 42 anos, com 418,99 pontos.
As exportações brasileiras até o dia 11 de julho, somaram 409.995 sacas de café, queda de 36,40% em relação a junho. Foram emitidos 576.491 certificados de origem, de acordo com o Cecafé.
O suporte para setembro na Nybot está entre 111,10 e 110,00 cents por libra-peso. A resistência entre 112,10 e 113,00 cents por libra.
Dólar em queda 0,05%
O dólar fechou em leve queda nesta quarta-feira, após passar o dia atento ao desempenho das bolsas norte-americanas. Com o robusto fluxo cambial positivo, o dólar chegou a cair para 1,88 real, mas a atuação do Banco Central ajudou a sustentar o mercado.
A divisa teve leve baixa de 0,05% e encerrou cotada a R$ 1,892, após mínima de R$ 1,8845 no pregão à vista da BM&F. Foi o terceiro dia seguido em que o dólar registra o menor valor de fechamento desde outubro de 2000.
O Banco Central (BC) não tentou trazer de volta a cotação para degrau acima de R$ 1,90. No seu leilão das 15h30, além de fixar taxa de corte (R$ 1,8958) que referenda o rompimento do piso, adquiriu somente US$ 520 milhões. Com as compras de ontem, as reservas internacionais chegam a US$ 149,3 bilhões.
Arnaldo de Sousa