Café Nova York abre em leve alta no pregão desta quinta-feira

Os contratos futuros de café negociados na bolsa de Nova York (Nybot) abriram em leve alta na abertura do pregão desta quinta-feira (23). Maio operava com 24 pontos e julho com 15 pontos de alta.

Nesta quarta-feira (22) a bolsa foi volátil nos preços fechando os preços em queda 280 pontos no maio e no julho/06 por força especulativa. Mercado está carente de novas notícias que revertam os preços.

“Estamos vivendo um novo panorama no mercado de café. Em março, tradicionalmente, os preços tendiam a subir mas os preços em bolsa não ganharam força neste ano e houve uma quebra na relação dos preços de bolsa”, argumentou Nathan Herszkowicz, diretor excecutivo da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic).

Para Nathan, antigamente a “mecânica de tradução” de preços no mercado local para a indústria era baseado na bolsa de Nova York, hoje houve um deslocamento dessa relação.

Os preços de café pagos pela indústria estão entre R$ 220 a R$ 210 por saca consumo interno, de acorco com Herszkowicz, enquanto que para exportação os diferenciais têm caido cada vez mais. “Há uma necessidade de interpretação diferente do mercado de café”, afirmou Herszkowicz.

O volume negociado nesta quarta-feira foi de 18.631 contratos para 99.732 contratos em abertos.
OMC

Ontem, após a reunião do Conselho Deliberativos da Política Cafeeira (CDPC) foi aprovado que o Brasil iria entrar com um painel na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a cobrança de sobretaxa ao café solúvel brasileiro.

Desde janeiro, a União Européia cancelou as cotas para os produtos livres de impostos e, com isso, a indústria está pagando 9% sobre o preço do grão para comercializar com aquele bloco econômico.
O custo para o Funcafé deve ser de até R$ 500 mil do total da ação contra a União Européia.