Café na bolsa de NY tem recuperação nesta 6ª e termina semana com queda de 4%

Com influência do financeiro, as cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures) recuaram forte durante toda esta semana e teve recuperação nesta 6ª e termina semana com queda de 4%

13 de fevereiro de 2016 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado
Por: Por: Jhonatas Simião

Com influência do financeiro, as cotações do café arábica na Bolsa de Nova
York (ICE Futures) recuaram forte durante toda esta semana em meio ao cenário de
aversão ao risco nos mercados globais, o que fez o vencimento março/16 operar em
US$ 1,10 por libra-peso, menor patamar em dois anos. No entanto, nesta
sexta-feira (12), os futuros registraram recuperação, reduzindo um pouco as
perdas acumuladas na semana, que totalizaram 4% no vencimento março/16.


“Não há muita novidade no aspecto fundamental, os números sobre a safra
brasileira vem se confirmando, assim como em outras origens produtoras. Então o
mercado tem se baseado mais no financeiro, que teve alta nos preços do petróleo
e dólar praticamente estável nesta sexta”, afirma o analista da Safras &
Mercado, Gil Carlos Barabach, que acredita em correção após as recentes quedas
na Bolsa.


Os lotes com vencimento para março/16 fecharam a sessão de hoje cotados a
115,55 cents/lb com alta de 255 pontos, o maio/16 teve 117,50 cents/lb com
avanço de 250 pontos. Já o contrato julho/16 registrou 119,35 cents/lb com
valorização de 240 pontos e o setembro/16 anotou 121,05 cents/lb com 225 pontos
positivos.


O dólar comercial encerrou a sessão de hoje cotado a R$ 3,9895 na venda com
alta de 0,15%. A moeda repercutiu uma melhora no humor dos mercados externos,
com o salto nos preços do petróleo. Embora ainda persista uma cautela em relação
às perspectivas no cenário fiscal brasileiro.


Para Barabach, o café deve seguir vulnerável às questões financeiras nos
próximos dias. “O que se espera para a próxima semana é uma acomodação do
movimento de baixa e não uma nova alta e isso vai estar muito influenciado pela
questão financeira internacional”, explica.


Durante boa parte desta semana faltaram ao mercado os dois maiores produtores
e participantes mundiais do mercado do café, que são Brasil e Vietnã. Ambos em
meio a feriados, respectivamente, do Carnaval e do Ano Novo Lunar. “Mesmo com os
feriados, a demanda não estava agressiva. Ainda assim, isso acabou tirando um
pouco a liquidez e deixando o mercado ainda mais suscetível ao fluxo
financeiro”, explicou Barabach.


Na próxima segunda-feira (15), a Bolsa de Nova York não funciona por conta do
Feriado do Dia do Presidente nos Estados Unidos e isso também acabou
repercutindo hoje entre os investidores, que acabaram ajustando posições,
segundo agências internacionais.


“Acredito que há um movimento geral de cobertura de posições vendidas frente
ao feriado prolongado”, disse um comerciante de café à Reuters, acrescentando
que o fechamento dos mercados em Nova York na segunda-feira também incentivou
investidores a assumir posições mais curtas.


Operadores disseram que uma nova redução nos estoques de arábica certificados
da ICE também contribuem para sustentar os preços no mercado. No entanto, as
vendas das principais origens produtoras seguem limitadas e não devem apresentar
fôlego nos próximos dias nos atuais patamares de preço.


Mercado interno


As cotações do café no Brasil encontraram mais sustentação nesta semana com
resistência dos vendedores. “O mercado físico está descolado do externo, mesmo
com a forte queda na Bolsa. O Brasil exportou bastante café ao longo do segundo
semestre do ano passado com o dólar estimulante e agora tem pouco produto para
venda e isso tende a fazer o preço interno se valorizar em relação ao
referencial externo”, afirma Barabach.


O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de
Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 553,00 e alta de 2,79%. A maior oscilação no
dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com avanço de 3,97% e saca
cotada a R$ 537,00.



Da sexta-feira passada para hoje, a cidade que registrou maior variação para
o tipo foi Varginha (MG) com queda de R$ 20,00 (-3,64%), saindo de R$ 550,00
para R$ 530,00 a saca.


O tipo 4/5 também teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$
555,00 a saca e avanço de 2,78%. A maior oscilação no dia dentre as praças
ocorreu em Varginha (MG) com recuo de 2,88% e saca a R$ 505,00.



Para o tipo, conforme o gráfico, a maior oscilação na semana foi registrada
em Varginha (MG) que tinha saca cotada a R$ 530,00, mas caiu R$ 25,00 (-4,72%) e
agora vale R$ 505,00.


O tipo 6 duro teve maior valor de negociação nas cidades de Franca (SP) e
Varginha (MG) com R$ 500,00 a saca, preço estável na primeira e queda de 2,91%
no município mineiro. A maior oscilação no dia ocorreu em Guaxupé (MG) com alta
de 3,14% e saca cotada a R$ 492,00.



A variação mais expressiva de preço na semana para o tipo 6 foi registrada em
Varginha (MG), por lá a saca estava cotada a R$ 525,00 na sexta passada, mas
teve desvalorização de R$ 25,00 (-4,76%), e agora está em R$ 500,00.


Na quinta-feira (11), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura
para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 482,19 e queda de 0,02%.


Bolsa de Londres


As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga
Liffe, registraram forte alta nesta sexta-feira, seguindo Nova York. O contrato
março/16 registrou US$ 1416,00 por tonelada e alta de US$ 34, o maio/16 teve US$
1440,00 por tonelada e o julho/16 anotou US$ 1469,00 por tonelada, ambos com
avanço de US$ 32.


Na quinta-feira (4), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira
13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 399,97 com avanço de 1,25%.


Fonte: Notícias Agrícolas

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