Café Moka quer levar sua marca alémde São Paulo

São Paulo, 2 de Dezembro de 2005 – A Moka Trading Company, dona do Café Moka, segunda marca mais vendida do mercado paulista de cafés torrados e moídos (pesquisa LatinPanel), pretende levar a marca para além das fronteiras paulistas em 2006. A empresa poderá se expandir para os estados do Sul e até para o exterior, informa o vice-presidente da empresa, Rogério Ferreira. Se os planos da empresa se concretizarem, o faturamento no próximo ano será de R$ 100 milhões, com crescimento de 54% ante os R$ 65 milhões esperados para 2005.

No momento, a Moka avalia a possibilidade de comprar torrefadora em Curitiba ou Porto Alegre, para abastecer o mercado do Paraná, de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ferreira conta que o mais provável é que os produtos sejam comercializados com a marca Café Moka associada à da unidade adquirida, pois “o café é um produto muito regional”. Estão previstos investimentos de R$ 10 milhões na compra, mas o executivo não divulga a capacidade produtiva estimada para a planta. Os planos da empresa incluem, ainda, entrar no promissor mercado do café solúvel. “Deveremos entrar nesse segmento em 2007”, diz.

Este ano, os investimentos da Moka somaram R$ 4,5 milhões na unidade de Osasco (SP). “Adquirimos um torrador por R$ 1,5 milhão, com sistema de torra mais rápido e temperatura abaixo da média, que mantém as características do café. Investimos também em armazenagem e moagem”, explica. Em janeiro, a empresa receberá uma máquina de empacotamento de café a vácuo, na qual investiu R$ 1 milhão. Segundo Ferreira, os desembolsos visaram preparar os produtos da empresa para a exportação, de olho em Japão, Europa e Estados Unidos. “Estamos pesquisando mercados e, posteriormente, vamos dar início à contratação de agentes de comér-cio exterior”, conta.

A empresa atua ainda no segmento de gourmets, com a venda de séries limitadas de cafés premiados nacionalmente e em São Paulo. A Moka Trading responde por 60% do faturamento da holding Minas Export Comércio e Exportação, sediada em Piumhi (MG). A exportação de café verde pela Minas Export corresponde a 30% da receita, e a venda do grão no mercado interno e de feijão e milho, aos demais 10%.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados – Pág. 12)(Chiara Quintão)