Café mineiro tem ágio de até 174%

24 de novembro de 2007 | Sem comentários Cafés Especiais Produção
Por: 24/11/2007 07:11:20 - O Tempo

DA REDAÇÃO


Carmo de Minas e Poços de Caldas tiveram destaque no FestCafé, evento internacional que aconteceu esta semana em Belo Horizonte. Os cafeicultores Ralph Junqueira de Castro e Rubaldo Patresi, dessas duas cidades, foram premiados em primeiro lugar no quarto Concurso de Qualidade Cafés de Minas. A premiação foi feita em duas categorias: os primeiros lugares foram decididos por leilão e os resultados foram apurados logo após a degustação dos produtos. O maior valor oferecido foi de R$ 635,31 por saca de 60 kg.


O preço significa 174% de ágio sobre o preço do café no mercado internacional. Castro concorreu na categoria Café Cereja Descascado, enquanto Patresi disputou entre as amostras de Café Natural. Foram selecionados 30 cafeicultores finalistas entre 1.161 inscritos. Durante a cerimônia de premiação, realizada ainda no FestCafé, o secretário de agricultura, Pecuária e Abastecimento, Gilman Viana Rodrigues, assinou protocolo de intenções para o apoio ao concurso do próximo ano. Segundo Emater-MG, o concurso de qualidade dos cafés teve adesão 74% superior à primeira edição.


Carmo de Minas
O sucesso alcançado pelo município Carmo de Minas não foi por acaso. Estrategicamente localizado no Sul de Minas, principal região produtora de café do Estado, a cidade possui clima, solo e altitude favoráveis. Entre as dez amostras de cafés qualificados para a final, o município levou cinco.


 


Grão pode encarecer e faltar


 


SÃO PAULO – O consumo de café cresce a cada ano pela maior renda dos consumidores, a entrada do produto em novos mercados e o maior consumo em países produtores. Nesse ritmo de crescimento, a oferta de café poderá ficar abaixo do consumo em breve. Com esse cenário, os preços do café no mercado interno devem subir nos próximos anos. A avaliação é de Ernesto Illy, da Illycaffè, uma das grandes compradoras de café no mundo.


Para a Illy, dois motivos podem prejudicar a produção de café: cana e clima. A cana-de-açúcar é um dos fatores de queda na produção de café porque está ocupando áreas cafeeiras tradicionais, principalmente no Brasil. Já o clima, se nada for feito, deverá inviabilizar muitas áreas de produção de café.


A Illycaffè, que deve faturar 280 milhões neste ano, manterá, por ora, apenas na Europa o hiperexpresso – uma revolução nos novos padrões de café. Fica na Europa, também, o licor de café, enquanto o Illyfreddo – possível nome para a bebida que a Illy fará em conjunto com a Coca-Cola – vai ao mercado no próximo ano. (Folhapress)


 
 

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