Nesta terça-feira (2), a Bolsa de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica encerrou suas operações com altas expressivas e intensa volatilidade influenciada pelo clima seco às vésperas das floradas nas principais regiões produtoras do Brasil. Foi a maior alta registrada nos últimos quatro meses.
O principal contrato, dezembro/15, anotou 209,45 cents de dólar por libra peso com 825 pontos, é o maior patamar desde 5 de maio. A posição setembro/14, negociada até dia 18, encerrou o dia com 204,45 e alta de 825 pontos, o março/15 anotou 213,40 cents/lb e ganhos de 830 pontos. Os contratos com entregas mais distante também registraram alta, o maio/15 anotou 215,25 cents/lb com 825 pontos e o julho/15 encerrou a sessão com 215,85 cents/lb e alta de 780 pontos.
Mais uma vez a bolsa refletiu em seus contratos as condições climáticas desfavoráveis para as principais regiões produtoras no Brasil, agora com foco na safra de 2015 que também deve ter quebra expressiva, segundo o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes.
De acordo com a Somar Meteorologia, as áreas de cultivo brasileiras devem se manter secas pelas próximas duas semanas, o que pode abortar as floradas precoces de julho, prejudicando consideravelmente a próxima safra.
De acordo com o analista, as chances dos preços na Bolsa de Nova York caírem são pequenas, demonstrando uma consolidação acima dos 200 cents por libra peso. “A cada dia que passa e a seca aumenta, as chances dos preços diminuírem é menor”, diz Carvalhaes.
Mercado interno
Todas as praças registraram alta na saca de 60 kg no café tipo 6, bebida dura, nesta terça-feira (2). A maior alta registrada foi na cidade de Espírito Santo do Pinhal-SP trabalhando com R$ 480,00 a saca de 60 kg e alta de 6,67%.
*As cotações apresentadas na homepage do Notícias Agrícolas estão desatualizadas, com horário de 14h32 (Brasília), referentes ao fechamento de sexta-feira (29), por conta de uma falha técnica. Os reparos já estão sendo feitos e os valores serão atualizados.
Fonte: Notícias Agrícolas // Jhonatas Simião