CAFÉ: MERCADO FISICO TEM PREÇOS DE ESTÁVEIS A MAIS BAIXOS PARA ARÁBICA

9 de dezembro de 2009 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

SAFRAS (09)  O mercado físico brasileiro de café registrou preços de estáveis a mais baixos para o arábica e mais altos para o conillon ao final do dia. Para o arábica, o dia teve dois momentos: quando Nova York operava em alta, as cotações subiram no Brasil, e houve mais negócios. Entretanto, NY reverteu e apresentou perdas acentuadas, e o mercado brasileiro terminou o dia seguindo esse cenário mais negativo.

No sul de Minas Gerais, o café arábica bebida boa esteve cotado a R$ 283,00/285,00 a saca, contra R$ 285,00/287,00 de ontem. No cerrado mineiro, café bebida boa esteve com preço de R$ 283,00/285,00 a saca, contra R$ 287,00/290,00 de ontem.

O café rio tipo 7 na Zona da Mata de Minas Gerais teve cotação de R$ 198,00/200,00 por saca, contra R$ 200,00/205,00 de ontem. Já o conillon tipo 7 em Vitória, Espírito Santo, foi cotado a R$ 176,00 a saca, contra R$ 170,00/172,00 de ontem.
 
Nova York

A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações da quarta-feira com preços acentuadamente mais baixos. A queda de outras commodities, como petróleo, metais preciosos e outras commodities agrícolas – índice CRB recuou mais de 1% – determinou o fechamento no vermelho do arábica.

O arábica chegou a operar em alta em Nova York. Entretanto, perdas nas outras commodities, e o tradicional comportamento de manada, trouxe vendas especuladores para o arábica. Além disso, o café não conseguiu romper resistências, o que tecnicamente foi baixista. As informações partem de agências internacionais de notícias.

Os contratos com entrega em março fecharam negociados a 141,65 centavos de dólar por libra-peso, com desvalorização de 2,25 centavos. A posição maio de 2010 fechou a 143,35 centavos, com queda de 2,25 centavos. 

OIC

A OIC (Organização Internacional do Café), divulgou seu relatório mensal de acompanhamento do mercado cafeeiro mundial. O diretor-executivo da entidade, Néstor Osório, relata que a safra mundial 2008/09 de café foi encerrada, totalizando, 128,073 milhões de sacas de 60 quilos, para uma demanda de cerca de 130 milhões de sacas. O déficit no mercado internacional de café, assim, ficou em quase dois milhões de sacas na última temporada. Segundo Osório, os
fundamentos do mercado continuam favorecendo a continuidade da tendência de alta nos preços internacionais.


No Brasil, a produção de café caiu de 46 milhões de sacas em 2008 para 39 milhões de sacas, enquanto a Colômbia, que colheu neste ano sua pior safra desde 1974, não deverá recuperar os patamares normais de produtividade, “uma vez que a colheita dos dois primeiros meses da temporada foi menor que a média histórica”. As lavouras colombianas têm sofrido ataques de pragas, principalmente a broca, e ainda existe a situação do programa de renovação do
parque cafeeiro, que está em andamento.

Osório destaca que a produção total da América do Sul vai cair em 2009/10, para 54,2 milhões de sacas, queda de 10% ante as 60,220 milhões de sacas de 2008/09. Para calcular a safra de 2009/10, a OIC leva em conta os números do Brasil referentes à colheita efetuada em 2009. No próximo ano, a produção brasileira aumentará, por conta do ciclo bianual do café arábica. Já na África, no México e na América Central, a produção de café poderá aumentar moderadamente
em 2009/10, enquanto que para a Ásia e Oceania está prevista uma leve queda.

“Deve-se salientar que tem havido uma redução no uso de fertilizantes em muitos países exportadores de café”, destaca o diretor da OIC. “As informações fornecidas pelos países exportadores me permitiram elaborar uma estimativa preliminar para a produção mundial de café em 2009/10 entre 123 a 125 milhões de sacas”, diz Osório.

Apesar da crise financeira internacional, continua o diretor da OIC, o consumo de café continua crescendo. “Acredito que a situação não se alterará em 2010, com a demanda internacional de café podendo atingir 132 milhões de sacas”, frisa Osório. Porém, o crescimento futuro do consumo de café, que atualmente está alicerçado principalmente nos mercados emergentes e nos próprios países produtores, poderá sofrer algum revés caso as economias dessas nações
venham a ser afetadas pela crise internacional, finaliza o diretor da OIC.
 
Câmbio


O dólar comercial fechou cotado a R$ 1,7690 na compra e R$ 1,7710 na venda, uma alta de 0,73% em comparação com último fechamento. Na terça-feira, a divisa fechou em alta de 2,14%.

Após os recentes dados negativos em diferentes economias da Europa, hoje a perspectivas negativa sobre a dívida de longo prazo da Espanha voltou a trazer pessimismo. Com isso, mercados, commodities, metais e petróleo tiveram um dia predominantemente negativo, o que refletiu no mercado cambial brasileiro. (LC)

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