02/12/2010
Fernando Lopes | De São Paulo | Valor Econômico
O café foi a commodity agropecuária que mais subiu na BM&FBovespa em novembro, segundo cálculos do Valor Data baseados nas médias mensais dos contratos de segunda posição de entrega, normalmente os que apresentam maior liquidez. Em relação a de outubro, a média do mês passado foi 9,35% superior.
Para Hugo Monteiro Santiago, gerente da mesa agrícola do Banco Fator Corretora, o café foi influenciado pelos mesmos movimentos financeiros que vêm guiando outras commodities, inclusive não agrícolas, nos mercados internacional e doméstico. \”Com os juros baixos lá fora [e o dólar fraco] houve uma migração para as commodities. Macroeconomicamente, esse continua sendo o fator fundamental\”, lembra Santiago. Entre os fundamentos ligados à oferta e à demanda, os andamentos das safras brasileira e vietnamita influenciaram a valorização na bolsa de Nova York em novembro, como informou ontem o Valor.
Também em linha com o mercado internacional, os futuros de segunda posição da soja encerraram novembro com preço médio 5,17% superior ao de outubro na BM&FBovespa. Carro-chefe do agronegócio brasileiro, o grão atrai ainda mais investimentos especulativos e, do lado da oferta, recebe a sustentação da forte demanda chinesa e das incertezas climáticas que rondam a safra.
O etanol subiu 4,38% em novembro, influenciado pela redução da safra brasileira de cana, o boi subiu 1,9% – conforme Santiago, haverá novas escaladas a partir da segunda quinzena deste mês por causa das festas de fim de ano – e o milho caiu, com influência de vendas técnicas.