fonte: Cepea

Café : Levantamento de Safras destaca quedas em Fevereiro

08/03/2013, Café da terra


As principais bebidas brasileiras encerraram o mês de fevereiro com uma queda superior à registrada no mercado internacional. Na ICE Futures em Nova York, o segundo contrato de café foi negociado ao preço médio de US$ 189,67 para saca de 60 Kg (143,39 cents/lb), com desvalorização de 6,21%.


Já no mercado físico brasileiro, os cafés ainda foram pressionados pela depreciação do dólar frente ao real, que encerrou com recuo de 2,79% ao preço médio de R$ 1,9721. A soma destes fatores ajuda a explicar a queda, principalmente dos melhores cafés. As informações partem de levantamento de SAFRAS & Mercado.


No Sul de Minas Gerais, o arábica de bebida dura tipo 6 terminou fevereiro cotado em média a R$ 310,26 a saca de 60 quilos, com queda de 9,80% em relação a janeiro, quando trocava de mãos a R$ 343,95 a saca. Em divisa norte-americana, a bebida dura sul-mineira cedeu 7,64%, negociada a US$ 157,33 a saca. Seguindo a mesma tendência, a bebida mais fina do Cerrado mineiro alcançou preço médio de R$ 316,95 a saca de 60 quilos em fevereiro, com perdas de 10,21% na comparação com janeiro (R$ 353,00). Em divisa estrangeira recuou 7,64%, com bica fina do Cerrado em torno de US$ 160,72 a saca. O preço registrado por estes cafés em fevereiro foi o menor patamar mensal desde o primeiro semestre de 2010, quando estas bebidas eram negociadas próximas de R$
300,00 a saca. Na comparação com a máxima registrada em maio de 2011, quando atingia a marca de R$ 540,00 a saca, estes cafés já recuaram mais de 40%.


A bebida Rio tipo 7 da Zona da Mata de Minas Gerais demonstrou comportamento diferente e encontrou sustentação, sobretudo na fidelidade do Oriente Médio por esta variedade, onde vem encontrando boa demanda. Com isso, a bebida Rio apresentou preço médio de R$ 275,00 a saca, leve desvalorização de 1,00%, principalmente quando comparada à queda das melhores bebidas. Em dólar, a bebida Rio trocou de mãos a US$ 139,45 a saca, alta de 1,84% em
comparação ao mês anterior. O arábica duro com 600 defeitos caiu menos que os cafés de bebida dura destinados à exportação, mas a demanda interna tranquila ditou o ritmo baixista. Em fevereiro, esse café foi negociado a R$ 267,11 a saca, baixa de 7,24%.


Para finalizar, o conillon tipo 7 capixaba demonstrou boa sustentação e recuou apenas 0,55% em fevereiro, negociado a R$ 262,95 a saca. Em divisa estrangeira, foi vendido a US$ 133,34 a saca, alta de 2,30%. Mesmo com o bom comportamento na comparação com os arábicas, o conillon ficou descolado negativamente do referencial londrino, uma vez que o robusta na LIFFE subiu 6,13% em fevereiro. A proximidade da chegada da safra de conillon reduziu a pressão exercida pelo avanço do robusta na bolsa de Londres.


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