Café: ICE corrige forte alta de ontem e cai 60 pts na tarde desta 6ª feira

Nesta tarde de sexta-feira (14), as cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam no campo negativo com realização de lucros. Na sessão de ontem o terminal subiu mais de 500 pontos em meio as incertezas em relação a safra do Brasil.


Por volta das 12h19, o vencimento setembro/15 registrava 136,40 cents/lb e recuo de 65 pontos, o dezembro/15 anotava 140,05 cents/lb com baixa de 55 pontos. O contrato março/16 tinha 143,30 cents/lb com desvalorização de 60 pontos e o maio/16 operava com 145,40 cents/lb e 55 pontos negativos.


Apesar da leve queda neste momento, o mercado do café arábica nesta semana subiu bastante ignorando o cenário macroeconômico internacional, que levou à desvalorização de grande parte das commodities. A incerteza dos envolvidos em relação ao aperto no equilíbrio entre a oferta e demanda mundial conferiu sustentação às cotações.


A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) aponta a safra brasileira de café em 44,2 milhões de sacas de 60 kg para esta temporada, sendo 32,9 milhões referentes à variedade arábica e 11,3 milhões à robusta. Já o IBGE, em estimativa divulgada nesta semana, estima colheita de 44,2 milhões de sacas.


O CNC (Conselho Nacional do Café) acredita em números menos otimistas, 40,3 milhões de sacas de 60 kg, ponto mais baixo da faixa da previsão divulgada pela entidade em março.


Estimativas estrangeiras, como a do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), apontam a safra de café do Brasil próxima de 50 milhões de sacas de 60 kg. Segundo analistas consultados pelo Notícias Agrícolas, a demanda doméstica e externa de café deve totalizar 56 milhões de sacas neste ano.


No mercado físico nacional, os preços do café registraram alta ou permaneceram estáveis ontem. Em algumas praças os melhores tipos chegaram a ser negociados próximos de R$ 600,00 a saca. De acordo com o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, nesta sexta-feira os preços devem ficar sustentados.


Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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