Livraria Cultura e marca argentina de alfajor confirmam primeiras operações no Interior de São Paulo
Adriana Menezes
DA AGÊNCIA ANHANGÜERA
adriana.menezes@rac.com.br
Algumas manias de consumo são capazes de fazer o consumidor viajar cem quilômetros até São Paulo ou de motivá-lo a pedir — sem pudor — que um amigo viajante traga dentro da mala. Pelo menos para comprar livros e afins na Livraria Cultura ou alfajor no café Havanna já não vai ser mais preciso fazer esse tipo de loucura. As duas redes — tanto a brasileira Cultura, que completa 60 anos, quanto a argentina Havanna — chegam a Campinas no segundo semestre e, a partir de julho, já deverão atender novos e velhos clientes no Shopping Iguatemi Campinas. Nos dois casos, será a primeira investida no Interior paulista.
Fundada em 1947 por Eva Herz, a Livraria Cultura vai investir cerca de R$ 3 milhões em Campinas, segundo Pedro Herz, presidente da empresa que registrou faturamento de R$ 154 milhões em 2006. Ele diz que, além de ter recebido uma atraente proposta para ser âncora do shopping, avaliou que o mercado comporta a megalivraria, presente em São Paulo, Recife, Porto Alegre e Brasília.
Campinas será a sétima loja, com uma área de 2,5 mil metros quadrados, que inclui auditório para eventos, um café e espaço para venda de CDs, DVDs, revistas e livros. “Como São Paulo está se tornando muito mais uma cidade de serviços, o Interior virou um pólo importante, inclusive porque já tem as universidades e há muitos professores que são nossos clientes. Agora fica mais fácil comprar”, diz Herz.
O cliente da Livraria Cultura tem idade entre 35 e 49 anos, 27% têm curso superior completo e 45% é pós-graduado, 49% têm renda mensal acima de R$ 3 mil e 30% acima de R$ 5 mil, de ambos os sexos. A livraria possui um acervo nacional de 2 milhões de títulos e desde 1995 também comercializa pela internet — foi a primeira livraria brasileira a vender livros on-line.
“O produto livro sempre foi de difícil aquisição. Você sempre ouve alguém dizer que procurou na cidade inteira. A Livraria Cultura cresce comercialmente porque nós facilitamos as vidas das pessoas, ainda que esse seja um País de pouca leitura. Eu acho que faltam bibliotecas públicas nas cidades brasileiras, por isso, as pessoas recorrem às livrarias. E livraria hoje é um centro de informação; não é sinônimo de literatura”, define Herz, que dá continuidade à filosofia de sua mãe.
Doce sabor
Mas o consumidor da região não está ávido apenas por mais leitura, na visão dos investidores. O grupo Havanna aposta que ele também não vai resistir à velha receita da bolacha feita com açúcar, ovos, massa de farinha e essências de limão e de amêndoas, recheada com doce de leite e coberta por chocolate. O alfajor argentino chega sem intermediários, pelo café Havanna, que será inaugurado em julho no Iguatemi Campinas. A empresária Bárbara Kern, da Bright Star Foods, vai cumprir a previsão que fez em julho de 2006 de que um ano após inaugurar em São Paulo, chegaria a Campinas. Nesse período, ela vendeu mais de 1 milhão de unidades de alfajor no Brasil.
Segundo ela, a cidade não poderia deixar de receber um ponto-de-venda. A unidade de Campinas será a décima quarta, entre cafés e quiosques, e a primeira fora da cidade de São Paulo, sem contar a loja sazonal de Campos do Jordão, inaugurada na primeira semana de junho.
Até o final do ano serão inauguradas outras sete lojas, todas em São Paulo. Foram quatro anos de negociação até que a tradicional Havanna, de Mar del Plata, firmasse parceria com uma empresa brasileira.
O Havanna de Campinas vai ser completo. Além dos tradicionais produtos da marca, como os alfajores, vai oferecer uma linha de bebidas à base de café, sanduíches e tortas. O cliente poderá escolher 16 opções de bebidas à base de café. O layout será semelhante ao da loja da Rua Bela Cintra, nos Jardins, em São Paulo. Os preços também deverão ser os mesmos praticados na Capital, onde uma unidade de alfajor custa R$ 4,00.
A FRASE
“Livros são ferramentas que podem ser muito úteis. Talvez seja uma das ferramentas mais baratas para aprender alguma coisa. Com um livro, você pode aprender a fazer pão ou a consertar a sua torneira. Eu acredito que há interesse para a leitura, desde que haja livro à disposição.”
PEDRO HERZ
Presidente da Livraria Cultura, que completa 60 anos de fundação e inaugura sua sétima loja, localizada em Campinas
O NÚMERO 1 MILHÃO É o volume de alfajores vendido em 11 meses, no Brasil, nas 13 lojas e quiosques da marca Havanna instalados no País pela empresa Bright Star Foods
Rede inova conceito em megaloja de R$ 8 mi
Especializada em móveis, decoração e utilidades domésticas, Tok&Stok inaugura espaço no dia 21
Sheila Vieira
DA AGÊNCIA ANHANGÜERA
sheila@rac.com.br
Uma nova Tok&Stok, loja de móveis, decoração e utilidades domésticas, será entregue ao público da Região Metropolitana de Campinas (RMC) no dia 21 de junho. O novo endereço é bem próximo ao da loja anterior, que funcionava no primeiro piso do Shopping Iguatemi. Agora, os clientes terão uma megaloja de 5,6 mil metros quadrados, o dobro do tamanho da atual, que está sendo desativada e ocupa 2,7 mil metros quadrados no mesmo centro comercial. Com isso o cliente irá encontrar mais itens, ofertas e cenários.
Para instalar a megaloja, a rede investiu R$ 8 milhões no empreendimento, que fica anexo ao hipermercado Carrefour, em frente ao Iguatemi. O prédio ocupa uma área do estacionamento que antes era destinada à realização de feirões de veículos, informou Elizabeth Souza, gerente de loja. O projeto arquitetônico é assinado por Felippe Crescenti.
Existem apenas outras duas megalojas Tok&Stok no Brasil, uma em São Paulo e outra no Rio de Janeiro. Campinas é a primeira cidade do Interior a receber o conceito Tok&STok 21, padrão que determina a cor branca na estrutura para destacar as cores existentes nos produtos vendidos pela empresa. Segundo o presidente da empresa, Régis Dubrule, o objetivo é oferecer ampla comodidade e conforto aos clientes na hora da compra, fazendo dela um momento de prazer. Atualmente, a unidade de Campinas recebe 18 mil clientes por mês e a expectativa com a megaloja é ampliar esse número e, como conseqüência, incrementar em até 80% as vendas, segundo o presidente da empresa.
Um dos destaques do novo projeto é a iluminação, recurso “mágico” utilizado desde a entrada da loja, onde uma passarela com iluminação especial convida o visitante a conhecer o local, passando pela luminotécnica do espaço interno, que contribui para a ambientação dos cenários, destacando os móveis e demais objetos no ambiente montado. O sistema de iluminação leva a assinatura de Gilberto Franco. Todo o cuidado com a luz envolve também um corredor central com iluminação natural.
Nesta área serão dispostos os cenários de ambientes externos como móveis para piscinas, varandas e áreas de lazer da linha Garden. O piso tipo deck e 12 árvores naturais de aproximadamente seis metros de altura complementam a decoração.
Elizabeth ressalta que a loja foi concebida para facilitar a localização de itens, estilos e cenografias. Logo na entrada o cliente irá visualizar o tema da campanha do período, encenada em um ambiente substituído, em média, a cada 45 dias, quando outra campanha é lançada. Para quem está acostumado a escolher móveis expostos em displays, a loja continuará a oferecer esse recursos, só que agora relacionado com o setor a qual pertence, por exemplo, cadeiras de cozinha estão no display das cozinhas e as cadeiras de bar ou salas de jantar, em um display em outra região da loja.
Novidades
Banheiros em diversos pontos, três centrais de atendimento e retirada de mercadorias na porta de entrada são apenas algumas das inovações. Instalada em uma área totalmente térrea, o percurso sugerido aos clientes se torna mais estratégico. Logo na entrada o cliente se depara com um café Design, cheio de delícias e com recursos de áudio e vídeo para entreter os mais impacientes. Ao lado, há ainda uma área de vidro com piso acolchoado destinada ao entretenimento de crianças. Se o acompanhante se cansar de esperar no café, uma livraria focada em design, arquitetura e paisagismo pode auxiliar na espera. Elizabeth calcula que uma visita básica, com a escolha de alguns itens, demandará pelo menos uma hora de visitação.
A rede pretende continuar seu plano de expansão nas praças de Santos, no Litoral paulista, além de Florianópolis (SC), Maceió (AL) e Natal (RN).
O objetivo é implantar uma unidade e cada mercado escolhido até o final de 2010. Hoje, a empresa, fundada em 1978, possui 25 lojas, 26 depósitos e emprega 2 mil funcionários e 600 fornecedores.