Café: governo deve prorrogar dívidas do setor por 120 dias, diz CNC

15 de novembro de 2013 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

14/11/2013 – 16h17

São Paulo, 14 – O Conselho Nacional do Café (CNC), órgão que reúne as principais cooperativas do setor, informa que o Ministério da Agricultura deve anunciar, ainda nesta quinta-feira, 14, medidas de apoio ao setor. A principal delas seria a prorrogação, por 120 dias, do pagamento dos débitos referentes à cafeicultura, a partir de 1º de novembro, incluindo as parcelas vencidas e vincendas. “Os produtores têm um alívio até março de 2014, mesmo período em que terá início o pagamento dos leilões de opções”, informa em relatório o presidente executivo do CNC, Silas Brasileiro.

As lideranças da cafeicultura estão mobilizadas para sensibilizar o governo sobre a necessidade de apoio aos produtores, cujos preços recebidos estão abaixo do custo de produção. Café arábica, tipo 6, para exportação, está cotado em cerca de R$ 250 a saca de 60 kg, em comparação com R$ 500 a saca há dois anos. O governo definiu, no início de maio, o novo preço mínimo do arábica em R$ 307 a saca, considerando os custos da lavoura.

Entre outros fatores, as cotações internacionais do café estão em queda por causa da boa safra colhida este ano no Brasil, principal produtor mundial. A safra brasileira de 2014 também deverá ser grande, considerando as condições climáticas favoráveis, até o momento. Outro importante país produtor, a Colômbia, também colhe safra acima das previsões iniciais. O Vietnã tem enfrentado problema de chuva na colheita, mas a produção não deve apresentar perdas significativas.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estima que, no quadro atual, os preços do café podem continuar baixos até 2016. Os produtores, no entanto, enfrentam alta dos custos de produção dos cafezais, principalmente em decorrência da mão de obra na cafeicultura de montanha, onde a colheita é manual. Segundo a CNA, este item representa um terço do custo total da atividade.

Diante da persistente queda dos preços do grão, o governo brasileiro apoiou o setor por meio de leilões de contratos de opção de venda, em setembro. A medida permite aos cafeicultores o direito de vender ao governo um total de 3 milhões de sacas de café no vencimento dos contratos, em março do próximo ano, caso os preços de mercado se mantenham abaixo do valor de referência de R$ 343 a saca.

Fonte: Agência Estado

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Café: governo deve prorrogar dívidas do setor por 120 dias, diz CNC

14/11/2013 – 16h17

São Paulo, 14 – O Conselho Nacional do Café (CNC), órgão que reúne as principais cooperativas do setor, informa que o Ministério da Agricultura deve anunciar, ainda nesta quinta-feira, 14, medidas de apoio ao setor. A principal delas seria a prorrogação, por 120 dias, do pagamento dos débitos referentes à cafeicultura, a partir de 1º de novembro, incluindo as parcelas vencidas e vincendas. “Os produtores têm um alívio até março de 2014, mesmo período em que terá início o pagamento dos leilões de opções”, informa em relatório o presidente executivo do CNC, Silas Brasileiro.

As lideranças da cafeicultura estão mobilizadas para sensibilizar o governo sobre a necessidade de apoio aos produtores, cujos preços recebidos estão abaixo do custo de produção. Café arábica, tipo 6, para exportação, está cotado em cerca de R$ 250 a saca de 60 kg, em comparação com R$ 500 a saca há dois anos. O governo definiu, no início de maio, o novo preço mínimo do arábica em R$ 307 a saca, considerando os custos da lavoura.

Entre outros fatores, as cotações internacionais do café estão em queda por causa da boa safra colhida este ano no Brasil, principal produtor mundial. A safra brasileira de 2014 também deverá ser grande, considerando as condições climáticas favoráveis, até o momento. Outro importante país produtor, a Colômbia, também colhe safra acima das previsões iniciais. O Vietnã tem enfrentado problema de chuva na colheita, mas a produção não deve apresentar perdas significativas.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estima que, no quadro atual, os preços do café podem continuar baixos até 2016. Os produtores, no entanto, enfrentam alta dos custos de produção dos cafezais, principalmente em decorrência da mão de obra na cafeicultura de montanha, onde a colheita é manual. Segundo a CNA, este item representa um terço do custo total da atividade.

Diante da persistente queda dos preços do grão, o governo brasileiro apoiou o setor por meio de leilões de contratos de opção de venda, em setembro. A medida permite aos cafeicultores o direito de vender ao governo um total de 3 milhões de sacas de café no vencimento dos contratos, em março do próximo ano, caso os preços de mercado se mantenham abaixo do valor de referência de R$ 343 a saca.

Fonte: Agência Estado

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