Os mitos e alguns alimentos sempre andaram juntos. Até hoje, por exemplo, as pessoas acreditam que o abacate tem uma gordura ruim. No entanto, a dra. Anelena Soccal Seyffarth, membro do Departamento de Nutrição da SBD e nutricionista da Secretaria Estadual de Saúde-DF, lembra que o teor de gordura monoinsaturada é a mesma do azeite de oliva e do óleo de canola, e está associada à manutenção do HDL colesterol – parte do colesterol que tem ação protetora. Logo, o seu consumo não é contra-indicado. “Como todas as gorduras, no entanto, deve-se ter cuidado com a quantidade consumida, já que é um alimento com alta densidade calórica”, esclarece. Com relação ao café, alguns estudos apontam benefícios em relação ao diabetes, doença de Parkinson e Alzheimer. Mas grandes quantidades de café podem causar irritabilidade, complicar queixas de dor no estômago ou azia e influenciar negativamente na pressão arterial. O bom senso manda aguardar para ver se os resultados de estudos serão, ou não, suficientes para serem transformados em orientações precisas sobre o uso terapêutico do café. Outra recomendação da Dra. Anelena é que o consumo de café deve ser de três xícaras pequenas por dia. A bebida deve ser de boa qualidade e preparada na hora, preservando a saúde. Um mito bastante difundido é o de que frutas como banana, caqui, manga e uva são contra-indicadas para quem tem diabetes. Na verdade elas são fontes importantes de nutrientes (potássio, vitamina A), não precisando ser restritas, mas consumidas em quantidades adequadas. Já o melão costuma ser associado a queixas digestivas e considerado um alimento de difícil digestão. Algumas pessoas podem até apresentar estas reações, mas elas são individuais, não devendo ser generalizadas. O fato é que o melão é um alimento rico em potássio – mineral importante para a contração muscular e auxiliar no controle da pressão arterial. “As frutas são fontes de vitaminas, minerais e fibras, nutrientes imprescindíveis para a saúde e a prevenção de doenças. As pessoas com diabetes podem utilizá-las de acordo com suas necessidades individuais. As orientações são, na verdade, semelhante às da população em geral: uso diário, variando os tipos e evitando grandes quantidades de uma só vez”, conclui a nutricionista. Fonte: www.diabetes.org.br |