Café fecha em alta em NY e retoma ao patamar de US$ 1,45/lb

O câmbio também contribui para o avanço dos preços. Essa é a quinta sessão consecutiva no azul.

Por: Por: Jhonatas Simião

Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta quinta-feira (5) com alta próxima de 200 pontos ainda em ajustes técnicos após testarem mínimas de mais de seis meses nas últimas semanas de 2016. O câmbio também contribui para o avanço dos preços. Essa é a quinta sessão consecutiva no azul. Os investidores também seguem bastante atento às informações sobre o desenvolvimento da próxima safra do Brasil e outras origens produtoras.


Com esse novo avanço, as cotações do arábica já testam o patamar de US$ 1,45 por libra-peso nos principais vencimentos. O contrato março/17 fechou o pregão de hoje cotado a 143,75 cents/lb com 195 pontos de alta, o maio/17 anotou 146,05 cents/lb também com 195 pontos de valorização. Já o vencimento julho/17 encerrou o dia negociado a 148,30 cents/lb com 190 pontos de valorização e o setembro/17, mais distante, subiu 190 pontos, cotado a 150,35 cents/lb.


“O mercado está dando sequência à recuperação dos últimos dias com a retomada do interesse dos fundos de investimento pelo mercado. Além disso, as cotações também testaram recentemente importantes e isso pode ter ocasionado uma reversão de tendência”, explica o especialista em café da INTL FCStone Brasil, Thiago Ferreira. Na véspera, as cotações do arábica fecharam no patamar mais alto desde 22 de dezembro.


Além dos ajustes técnicos, as oscilações no câmbio também contribuíram para o avanço nas cotações do arábica. O dólar comercial fechou o dia com queda de 0,63%, cotado a R$ 3,198 na venda, repercutindo fundamentalmente dados positivos da economia global. É a menor cotação em quase dois meses. As oscilações na moeda estrangeira impactam diretamente as exportações da commodity e, consequentemente, os preços internos e externos do grão. O dólar mais baixo desencoraja as embarques e pode contribuir para um ajuste na oferta global de café.


Do lado baixista, segundo agências internacionais, segue pesando sobre os preços as informações de melhora na oferta global do grão neste ano por conta das melhores condições climáticas no cinturão produtotivo do Brasil, maior produtor e exportador da commodity. Diante dessa questão, os preços caíram a US$ 1,30/lb nos últimos dias.


Por outro lado, a Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé), maior do mundo, estima queda na produção de café do Brasil em 2017 em cerca de 17%. “Estamos prevendo uma safra menor neste ano por conta da bienalidade baixa das lavouras na maioria das regiões produtoras de café arábica. O conilon também não se recuperou das perdas recentes, então em 2017 esse problema de desabastecimento será ainda maior”, explicou o presidente da cooperativa, Carlos Paulino. A produção na área de abrangência da cooperativa em 2016 foi de 20 milhões de sacas.


Mercado interno


No mercado físico, seguem isolados os negócios com café nas praças principais praças de comercialização do Brasil. Diante das recentes altas externas, os preços dos tipos mais negociados já estão próximos R$ 500,00 a saca, patamar considerado interessante para o produtor. “Apesar do preço atrativo, são registrados poucos negócios no Brasil. Muitos produtores já venderam seus cafés em momentos de preços mais altos do que isso”, afirma Thiago Ferreira.


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Fonte: Notícias Agrícolas

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