Sábado, 18 de julho de 2009
Marcelo Lara
Falou em cafezais, tem gente que logo lembra dos Barões do café do século passado, ou de grandes produtores, do movimento nas bolsas, da especulação que faz refém quem está no campo.
Na semana que passou fui ver de perto como está o trabalho de certificação nas pequenas propriedades de café. Como fez bem. Tirei foto de uma siriema logo na entrada de uma fazenda. Entrei animado para ver pequenas áreas com café de primeira. Na fazenda de seu José da Cruz, apenas quatro hectares e meio com colheita mecanizada, a máquina é terceirizada, mas no trator está o filho do seu José que vai ser formar em agronomia. O cafeicultor conta com prazer as mudanças que vem fazendo no dia a dia do cafezal, na parceria com a familia e com os vizinhos, naquele sistema de mutirão, de empréstimos de máquinas, de troca de serviços.
Em outra propriedade conheci Reginaldo que estava conduzindo o cavalo no terreiro para espalhar e secar o café. O ânimo vem da possibilidade de crescer, de garantir renda. O projeto de certificação aponta com o pagamento de 25 por cento a mais do preço da saca de café. Os lados de uma mesma atividade. O tradicional endividamento do setor ainda pede por solução, mas paralelo a tudo isso vem a produção familiar trabalhando com tudo na ponta do lápis…. Muitas lições, muito a aprender ..