Fábio Rübenich
Safras
Se a cafeicultura brasileira do Brasil tem um ponto fraco, este é a falta de investimentos em promoção e marketing. A opinião é do consultor Carlos Brando, da P&A Marketing Internacional.
“Precisamos exportar marcas, não apenas exportar café. Em qual café lá fora está escrito no rótulo ‘este produto contém café do Brasil'”, questionou Brando, que lembrou o sucesso do programa de marketing colombiano, que criou a marca Juan Valdez, e ainda as empresas brasileiras Ambev e Marfrig, que estão exportando marcas.
O Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) só libera dinheiro para custeio e investimentos, frisou Brando. “O Funcafé não libera dinheiro para marketing porque pensa que o dinheiro não volta pra ele. Mas volta sim. Volta para a toda cadeia”, disse Brando, alertando que existe dinheiro “barato” no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) e social para o cafeicultor buscar. “Temos uma visão de mercado muito míope. Por isso não investimos em marketing. Nós vendemos uma commodity. Eles vendem uma marca”, completou.
Brando participou do painel “Mercado Macroeconômico: Produção e Mercado Internacional, que fez parte da programação da Semana Internacional do Café, evento que foi realizado em Belo Horizonte entre os dias 15 e 18 de setembro.