CAFÉ: EXPORTAÇÕES DO BRASIL ATINGEM 8,9 MI DE SACAS EM 2007
No acumulado do ano, de janeiro a abril de 2007, as exportações brasileiras de café atingem 8,908 milhões de sacas, com incremento de 16,8% contra igual período de 2006, quando os embarques foram de 7,624 milhões de sacas. A receita no acumulado dos quatro primeiros meses de 2007 chega a US$ 1,204 bilhão, tendo aumento de 30,2% contra o mesmo período de 2006 (US$ 924,780 milhões). As informações partem do levantamento mensal do Conselho dos Exportadores de Café Verde do Brasil (Cecafé).
As exportações totais brasileiras de café (verde mais solúvel) no acumulado do ano safra 2006/2007, de julho/2006 a abril de 2007 chegam a 24,636 milhões de sacas de 60 quilos, apresentando uma elevação de 19,9% em relação a igual período de 2005/2006 (20,551 milhões de sacas). A receita com os embarques entre julho de 2006 e abril de 2007, no entanto, atingiu US$ 3,091 bilhões, com incremento de 28,1% contra julho/05 a abril/06 (US$ 2,413 bilhões).
As exportações totais brasileiras de café (verde mais solúvel) em março atingiram 2.077.400 sacas de 60 quilos, com uma alta de 13,7% na comparação com igual mês do ano passado, quando os embarques foram de 2.452.891 sacas. A receita total com as exportações de café em março foi de US$ 278,652 milhões, com alta de 24,4% sobre abril de 2006 (US$ 223,918 milhões).
Os embarques de café verde em abril foram de 1.827.194 sacas, com elevação de 19,1% sobre o mesmo mês do ano passado, quando as exportações haviam totalizado 1.573.912 sacas. As exportações de arábica subiram 19,9% em abril de 2007 (1.846.665 sacas), na comparação com abril de 2006 (1.553.558 sacas). Os embarques de subiram 35,3%, passando de 20.354 sacas em abril de 2006 para 27.529 sacas em abril de 2007.
Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta semana novas estimativas para a produção agrícola do Brasil. Para o café, o IBGE reduziu a previsão da safra brasileira 2007/08 para 36,6 milhões de sacas de 60 quilos. Em relação à estimativa de março, os números desse mês mostram decréscimo de 2,4% na produção de café em grão.
Segundo o IBGE, a reavaliação de rendimento realizada em Minas Gerais e São Paulo, respectivamente, 1º e 3º maiores estados produtores, responde pela maior parte da alteração nos dados. Em Minas Gerais, em relação a março, o decréscimo é de 2,8%, e em São Paulo, de 16,5%. Desta forma, a estimativa da produção nacional, que era de 37,5 milhões de sacas em março, passa a ser, em abril, de 36,6 milhões de sacas a serem colhidas em 2007.
Estima-se que a safra 2007 será 15,3% inferior à de 2006. Essa redução se acentua, quando avaliados os grandes estados informantes de café: Minas Gerais (-22,9%) e São Paulo (-39,8%). O Espírito Santo mostra acréscimo (4,5%), assim como a Bahia (2,2%).
O decréscimo de 15,3% reflete a bienalidade da cultura em seu ciclo de baixa. As safras de 2003 e 2005, também anos de baixa produtividade, mostraram índices de -19,9% e -13,5%, respectivamente, evidenciando o fato de que, por ser o cafeeiro uma planta bienal, o comportamento segue um padrão semelhante, desde que não haja severas interferências de condições climáticas. Além da bienalidade, não houve, neste ciclo de produção, nenhum fenômeno excepcional que tenha afetado a frutificação de 2007 de maneira significativa.
No mês passado, após a divulgação da estimativa do IBGE de uma safra de 37,5 milhões de sacas, bem acima da previsão oficial da Conab (Companhia Nacional do Abastecimento), de uma produção de 32,065 milhões de sacas, os produtores de café através do Conselho Nacional do Café (CNC) fizeram duras críticas aos números do IBGE.