[CAFÉ ESPECIAL] Cooxupé registra aumento na qualidade do café da safra 2020

Isto representa um crescimento de 18% na melhora da qualidade, por enquanto, em relação ao volume da safra anterior

9 de julho de 2020 | Sem comentários Comércio Cooperativas

De acordo com os laboratórios de classificação da cooperativa os lotes recebidos, até o momento, são compostos por café de bebida excepcional, sendo 89% de fine cup para melhor e 8% de good cup. Isto representa um crescimento de 18% na melhora da qualidade, por enquanto, em relação ao volume da safra anterior

A Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé – Cooxupé constatou um aumento na qualidade do café proveniente do período de colheita da safra 2020, que já passou pouco mais de 35% em relação à produção dos cooperados. Os lotes classificados até o momento indicam que a qualidade da safra brasileira, e dos cooperados em particular, será muito boa, atendendo às exigências do mercado.

A proporção classificada pelos laboratórios da cooperativa representa um crescimento de 18% em relação ao volume com a mesma qualidade registrado durante a safra anterior.

De acordo com o presidente da Cooxupé, Carlos Augusto Rodrigues de Melo, o padrão de qualidade do café é definido pelos Laboratórios de Classificação por meio de um processo de análise física e sensorial, que estipula as características e atributos de cada lote de café. “Os processos de classificação e degustação visam avaliar cada lote de café, quanto ao aspecto, percentual de catação, impurezas, umidade e, principalmente, a bebida. Com os padrões atendemos aos diferentes clientes para formação de seus blends, de acordo com as necessidades e exigências dos consumidores pelo mundo todo”, explica Melo.

O coordenador de Desenvolvimento Técnico da Cooxupé, Eduardo Renê da Cruz, afirma que o aumento na qualidade do café produzido é um reflexo das condições climáticas e do empenho dos cooperados em adotar as boas práticas de pós-colheita visando produzir lotes de cafés especiais. “Tivemos um período de florada muito uniforme, na fase de granação ocorreu um período de chuva bem expressivo e agora está com um clima seco que ajuda bastante na fase de colheita. Nos últimos anos, os cooperados investiram muito em construção de terreiros, lavadores, descascadores e secadores. Além disso, a dedicação dos produtores em relação aos cuidados necessários no manejo para a produção de cafés finos está dando resultado e com estas ações todas buscando cada vez mais qualidade, estamos recebendo lotes com até 88 pontos”, afirma Cruz.

Especialíssimo

Os cafés classificados como especiais terão a oportunidade de participar do Especialíssimo, o Programa da Cooxupé que incentiva os cooperados à produção de cafés especiais e premia os 50 melhores lotes (35 de Natural e 15 de Cereja Descascado). Participam da seleção os cafés avaliados acima de 83 pontos, concorrendo à premiação em dinheiro e à oportunidade de integrar o blend do Café Safra Especial 2020, edição limitada da cooperativa lançada sempre ao final do ano.

Neste ano, o Programa terá uma premiação geral acima de R$ 220 mil. O cooperado produtor do lote campeão receberá R$ 25 mil.

Classificação de qualidade

Para a realização do trabalho de classificação, a Cooxupé mantém os laboratórios em Guaxupé e Monte Carmelo, que são responsáveis pela manutenção do padrão e da qualidade do café produzido pelos mais de 15 mil cooperados. Em média, as unidades recebem cerca de 1.500 amostras por dia, o que equivalem a 100 mil sacas de café.

Visando manter os trabalhos, os laboratórios de classificação passaram por adaptações seguindo os protocolos de boas práticas e adotando as medidas preventivas para garantir a segurança dos colaboradores no período da pandemia da Covid-19.

Vale lembrar que todos os lotes a serem classificados são identificados apenas por um código de barras, garantindo a imparcialidade no momento da avaliação.

Números 2020

Neste ano, a Cooxupé espera receber um total de 7,1 milhões de sacas de café tipo arábica, dentre as quais 5,6 milhões devem ser somente dos cooperados. A produção estimada dos associados – no Sul e Cerrado de Minas Gerais e média mogiana do estado de São Paulo – é de 10,3 milhões de sacas.

A Cooxupé também espera embarcar 5,9 milhões de sacas, das quais perto de 5 mi correspondem às exportações.

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