Café é coisa brasileira – 24 de maio, Dia Nacional do Café

24 de maio de 2007 | Sem comentários Cafeteria Consumo

Deborah Dubner/ www.itu.com.br

“Do cafezal ao cafezinho” na fazenda Bela Vista

Café é coisa brasileira. Determinou grandes momentos da nossa história, ditou políticas e comportamentos, é da nossa cultura. Não temos o hábito inglês do glorioso “chá das cinco”, mas no lugar, nos valemos do despretencioso café, ora amargo, ora suave, aromatizado, forte, fraco, com charme e muito sabor, sempre presente no nosso dia a dia.

Durante muito tempo o nosso simpático cafezinho ficou sem prestígio. Sua imagem foi associada a idéias negativas, como estresse e distúrbios do sono.
Alguns estudos porém, aliados a programas de controle de qualidade do café consumido no Brasil, conseguiram mudar este quadro. O produto reconquistou o respeito da população e se tornou, de acordo com o artigo de Bebel Scarpa, a bebida mais conhecida do mundo

A origem

Sua origem é estimada em cerca de mil anos e está associada aos árabes, que primeiro cultivaram a fruta. A região de Kafa, no Oriente Médio, parece ser o berço do café, tendo inclusive emprestado seu nome à bebida.
Com o passar do tempo, o café passou a ser não só saboreado, como estudado em seus efeitos estimulantes e revigorantes. Através do comércio dos árabes com os europeus, o consumo do café foi se ampliando e, com as grandes navegações, chegou às Américas Central e do Sul.

O Café no Brasil

No final do século XVIII, o café estava chegando ao Vale do Paraíba, no Estado de São Paulo: era o início da grande saga do café do Brasil. Alguns anos depois, na região de Campinas, porta de entrada para as áreas paulistas de “terra roxa”, as plantações de café começaram a mostrar todo o seu potencial econômico.
Em pouco tempo, na metade do século XIX, São Paulo já aparecia nas listas dos grandes produtores e exportadores de café. As plantações foram se diversificando: os governos e os produtores começaram a investir em pesquisas para o melhoramento da espécie e para a criação de novas linhagens e no desenvolvimento de técnicas de plantio, colheita e beneficiamento.
As altas sucessivas do preço internacional do café, conseqüência da expansão do mercado norte- americano, foram empurrando e ampliando a cafeicultura para o Oeste, por todo o interior do Estado de São Paulo e adjacências. O volume de capital gerado e movimentado com a atividade cafeeira e com o estabelecimento das grandes fazendas modificou completamente o modo de vida das regiões produtoras e levou os “Barões do Café” a ocuparem lugares de proeminência na cena política nacional.
Em 1920, o Brasil passou a ocupar o primeiro lugar entre os países exportadores de café de todo o mundo posição esta que manteve por muitos anos – e que ligou seu nome, de maneira definitiva, com a imagem do café.


Desde que atingiu seu apogeu no Brasil, com períodos de maior ou de menor crise, pode-se dizer que a cultura do café se manteve. Prosseguindo seu movimento de migração, o café passeou por muitas regiões, atingindo um pico impressionante em algumas delas e, rapidamente, entrando em declínio. Hoje em dia o cultivo do café avança, conquistando uma altíssima qualidade, já reconhecida pelo mercado internacional.

O Café em Itu

Itu tem em sua história inúmeras fazendas que participaram ativamente do ciclo do café. O Roteiro Caipira, que leva o visitante por uma “vorta às origes” mostra, através de um passeio por algumas fazendas, um pouco desta história.

A Fazenda Santo Antônio da Bela Vista é uma das que continua valorizando o processo de fabricação do café artesanal, através do projeto “Do cafezal ao cafezinho”, que mostra o café desde a colheita até o produto final. E para quem não pode fazer esse diferente passeio, pelo menos consegue provar o saboroso café produzido na fazenda, no centro de Itu, na Cafeteria Gamela, dos mesmo proprietários.

Entre as antigas fazendas de café ituanas, uma das mais conhecidas é a Fazenda da Serra, que tem também o nome de Fazenda do Chocolate. A fazenda cultivava um grande cafezal e hoje conta essa história aos milhares de visitantes.

A Fazenda Capoava também já foi uma fazenda cafeeira e cultiva até hoje uma máquina de beneficiar café, fabricada no século XIX.

A Fazenda Cana Verde também é uma antiga fazenda de café, que teve sua primeira sede no ano de 1881, data do Ciclo do café no Brasil.

Para comemorar esta importante data, tão presente na terra e na alma do nosso povo, o site www.itu.com.br está homenageando o Dia Nacional do Café com um sorteio especial da Cafeteria Gamela e do Café Ituano. Não deixe de participar!

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