O Brasil é o maior produtor mundial de café. Desde sua chegada ao país, em 1727, o café foi o maior gerador de riquezas e o produto mais importante da história nacional
(Da Redação) – O Brasil é o maior produtor mundial de café. Desde sua chegada ao país, em 1727, o café foi o maior gerador de riquezas e o produto mais importante da história nacional. Hoje, o café continua sendo um importante gerador de divisas [US$ 2 bilhões anuais, ou 26 milhões de sacas exportadas ao ano], contribuindo com mais de 2% do valor total das exportações brasileiras, e respondendo por mais de um terço da produção mundial. Um mercado ainda em franca expansão, cujo agronegócio gera, no mundo todo, recursos da ordem de 91 bilhões de dólares ao comercializar os 115 milhões de sacas que, em média, são produzidos. A atividade envolve, ainda, meio bilhão de pessoas da produção ao consumo final – 8% da população mundial.
É nesse mercado gigantesco que estão centrados os interesses da cadeia produtiva do café brasileiro, que contribuiu com mais de 30% da produção mundial nas últimas safras, gerando mais de 8 milhões de empregos diretos e indiretos no país – é o setor do agronegócio brasileiro que mais emprega no Brasil. Quem trouxe as primeiras mudas de café da Guiana Francesa foi o oficial português Francisco de Mello Palheta. O mundo descobriu as delícias do café somente na primeira metade do século XIX. Só então o Brasil perceberia o quão doce lhe poderia ser o amargo grão. O Centro de irradiação da cultura cafeeira foi a Baixada Fluminense, de onde a lavoura subiu a serra, atingindo as matas do rio Paraíba do Sul. Depois da libertação das treze colônias norte-americanas, 1776, os Estados Unidos passaram a importar o café brasileiro.
Contudo, a vertiginosa expansão da lavoura cafeeira aconteceu no Vale do Paraíba e no chamado Oeste Paulista. Mesmo antes da Abolição da Escravatura, em 1889, a mão-de-obra escrava foi aos poucos substituída por imigrantes europeus. Entre 1881 e 1890, 530 mil camponeses, na grande maioria italianos, entraram no Brasil via porto de Santos.
Para escoar a produção de milhões de toneladas de grãos, empresas inglesas foram contratadas para construir a malha ferroviária no estado de São Paulo.
Toda essa ebulição econômica fez com que diversas cidades paulistas, inclusive Rio Claro, prosperassem. Uma nova elite urbana surgia: os poderosos barões do café, que comandaram o destino do país por várias décadas até a grande crise mundial de 1929.
Matéria publicada dia 2006-05-24
Fonte: http://www.jornalcidade.net/jc/news/paginas.php?id=8307