Café é a segunda bebida mais consumida pelos brasileiros

Uma pesquisa realizada pela ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café) mostrou que 95% dos brasileiros acima dos 15 anos consomem ao menos uma xícara de café diariamente. Seja em casa ou em uma cafeteria. Pela manhã, em uma reunião de negócios ou durante um encontro entre amigos, o bom e velho café combina com qualquer ambiente e companhia, e é por isso que essa iguaria tem o poder de reunir pessoas.
 
Ainda durante a pesquisa foi constatado que o café é a segunda bebida mais consumida entre os brasileiros, perdendo somente para a água. São quase 83 litros de café para cada brasileiro por ano. A bebida contém sais minerais, vitaminas do complexo B, substâncias antioxidantes e nutrientes que, por exemplo, previnem a depressão.

“Estudos também apontam que mesmo não sendo considerado remédio, o café auxilia na prevenção de doenças, estimula a atenção, memória, aprendizado e concentração.

 Por conta disso, é cada vez mais comum apreciar o cafezinho em qualquer parte do dia ou da noite”, explica o diretor executivo do café De’Longhi, Antonio Ferraiuolo.
 
Desde 2005, o dia 24 de maio foi incorporado ao calendário brasileiro como o Dia Nacional do Café, a data passou a ser festejada por industriais, produtores, exportadores, cooperativas, varejo, cafeterias e por todos os apaixonados por essa bebida.
“O objetivo é promover, valorizar e manter viva, junto aos consumidores, a importância histórica, social e econômica deste produto que é cultivado há 284 anos em terras brasileiras, desde que as primeiras mudas foram trazidas da Guiana Francesa para Belém, no Pará, por Francisco Melo Palheta, em 1727”, explica o diretor de Tecnologia e Modernização da ABIC, Antonio Paulino Martins.
 
Além disso, ao longo dos anos, o modo como é degustado o café também mudou. Hoje, a bebida é servida em versões como cappuccino, frio, e em receitas de bolos, sorvetes e tortas. Essa mudança na forma de apreciação e harmonização também fez com que a novas empresas de máquinas de café entrassem no mercado, bem como cafeterias fossem abertas.
“A procura por derivados do café tem crescido a cada dia, estou há 11 meses em Cravinhos e temos visto a grande procura por trufas e em especial o capuccino café ice, que é mais fraco e tem sido muito procurado por mulheres. Os homens gostam mais do tradicional”, ressalta a proprietária da cafeteria Clara Café, Flávia Baqueta Macedo.
 
Flávia e o seu esposo André encontraram um grande campo de trabalho em Cravinhos, isso devido a experiência que já tinham com uma cafeteria na cidade de Cajuru (SP), mas acreditam que o município sempre o acolheram bem e é o café quem proporciona a renda familiar.
“Lógico que aqui na cafeteria temos diversos produtos, mas a maioria das pessoas chegam e querem saborear um bom cafezinho, seja ele quente ou frio”, diz Flávia Macedo.
 
De acordo com estudos norte-americanos, o consumo de café pode diminuir as chances de acidentes cardiovasculares (infartos) e cerebrais (“derrame” ou AVC), de diabetes e hipertensão, além de diminuir incidência da osteoporose e de crises de asma, nesse caso devido ao efeito broncodilatador da cafeína. A bebida melhora ainda a capacidade de atenção, memória e aprendizado.
 
Os aromas do café proporcionam benefícios.

O café é um alimento funcional e nutracêutico. Essa máxima já é aceita pela comunidade médico-científica por estar relacionado à prevenção de doenças físicas, mentais e degenerativas e à manutenção da saúde.
 
O médico neurologista Jorge Moll Neto, presidente do Instituto D’Or Pesquisa e Ensino, desenvolve pesquisa desde 2009 sobre os efeitos do café no cérebro. A etapa inicial da pesquisa, intitulada “Correlatos neurais da experiência olfativa e gustativa do café”, contou com a participação de 30 voluntários e tem o apoio do Consórcio Pesquisa Café, cujo programa de pesquisa é coordenado pela Embrapa Café. O objetivo é entender os efeitos sensoriais causados pelo aroma do café no cérebro, especificamente nos mecanismos de recompensa (prazer) e motivação. Moll constatou que o aroma do café tem um efeito poderoso sobre as regiões do cérebro que regulam a sensação de prazer, atenção e motivação.
 
 
 
Tribuna Regional

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