Este é um dos cafés mais caros do mundo Foto: divulgação
Já imaginou tomar um dos cafés mais caros do mundo e saber que antes de chegar à sua xícara aqueles preciosos grãos passaram, primeiro, no papo de uma ave?
– Como assim, mamãe? Você vai tomar café de cocô de um pássaro? Quis saber Guilherme, com a curiosidade própria de uma criança de oito anos.
– Mas não é qualquer café, não, Gui – improvisou o barista.
Mas o que faz do Jacu Bird Coffee, também chamado de café do jacu, uma iguaria tão especial? Tão cara? É exótico. Costumo dizer que é para você “escrever” no portfólio da vida. E só.
É hilária a cena do filme Antes de Partir, em que Carter Chambers (Morgam Freeman), no leito de um hospital, escuta a narrativa didática do amigo Edward Cole (Jack Nicholson), contando como é o processo do Kopi Luak Coffee, extraído das fezes de um civeta, mamífero parecido com um gato, numa das ilhas da Indonésia.
– Laugh until I cry – escreveu Carter
Meio constrangido, o barista contou a Guilherme, e à mãe do menino, como é o processo do café do jacu.
Ele disse que antes mesmo de Guilherme nascer, o empresário Henrique Sloper, dono da fazenda Camocim, no Espírito Santo, passou a ter o jacu como aliado.
– Antes, aquelas aves – grandes, maiores que uma galinha – comiam o café e Henrique só tinha vontade de matá-las. Até que um dia, “vasculhando” as fezes do jacu, percebeu que era possível “tratar” os grãos que eram defecados – contou.
– Nossa! – suspirou curioso Guilherme, incentivando a mãe da descobrir os “efeitos” do café do jacu.
“Meu querido diário, hoje, tomei o café do jacu”. E foi assim que Flávia escreveu a experiência de tomar um café literalmente das fezes de uma ave.
– Acidez baixa, com um leve toque cítrico – escreveu. Com informações do NE10