Redação do Diário da Saúde
Cafeína contra a depressão
Médicos da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, concluíram que mulheres que tomam dois ou mais copos de café por dia têm menor risco de terem depressão.
Este efeito não ocorre caso as mulheres tomem o café descafeinado.
Por isso, embora não tenham descoberto o mecanismo exato de atuação do café, os cientistas especulam que a cafeína provavelmente induza alguma alteração na química do cérebro que diminui a ocorrência da depressão.
O estudo “Café, Cafeína, e o Risco de Depressão Entre Mulheres” foi publicado nesta segunda-feira no periódico científico Archives of Internal Medicine.
Risco de depressão
Os pesquisadores acompanharam 50.739 mulheres durante 10 anos. O consumo de café foi aferido no início e no fim do estudo e em duas medições intermediárias.
Nesse período, 2.607 mulheres apresentaram quadros depressivos.
As participantes que tomavam de dois a três copos de café por dia tiveram um risco 15% menor de apresentarem depressão – em comparação com aquelas que tomavam um copo ou menos por semana.
Aquelas que tomavam quatro ou mais copos de café por dia tiveram um risco 20% menor.
Prevenção da depressão
Mas é muito cedo para recomendar que as mulheres devam aumentar seu consumo de café como um preventivo para a depressão.
“Serão necessárias mais pesquisas para confirmar esta descoberta e para determinar se o consumo de café cafeinado pode ajudar na prevenção da depressão,” escrevem os pesquisadores.
Um dos riscos é que a cafeína é um estimulante. E pessoas com alterações de humor frequentemente apresentam também problemas de sono, o que seria agravado pela ingestão de doses maiores de cafeína.