Dia negativo na Bolsa de Nova Iorque (Ice Futures US) para o mercado de café arábica. Em sessão de grande volatilidade, as máximas para setembro chegaram a 173,60 centavos de dólar por libra-peso, enquanto as mínimas apresentaram 166,60 cents/libra-peso, diferença de 700 pontos.
O vencimento setembro encerrou em 168,30 cents/libra-peso. Os contratos com entrega para dezembro fecharam em 172,10 centavos/libra-peso. Já março/2015 e maio/2015 perderam 460 pontos e anotaram 175,50 cents/libra-peso e 177,65 cents libra-peso respectivamente.
Depois de três sessões em alta, onde as cotações foram maiores desde abril, os preços caíram fortemente neste pregão. Um motivo para essa movimentação abrupta pode ser o reposicionamento dos fundos.
Apesar da queda em NY, produtores brasileiros continuam relatando grande quebra em suas safras. “Como produtor de café há mais de 50 anos, noticio que, durante esse tempo nunca presenciei uma quebra de produção tão drástica em minhas propriedades”, expôs o cafeicultor Pedro Aparecido Sebaio.
Pedro possui lavouras em Carlópolis/PR e Patrocínio/MG. Na primeira, a quebra calculada é de 50%. “A seca prejudicou o tamanho dos cafés. Eu tive produtividade, mas o café está chocho, os grãos miúdos. Há dois anos que não consigo peneiras acima de 17 (tamanho para exportação)”, detalhou ele. Em Minas Gerais, o cafeicultor perdeu a produção do ano por conta de uma chuva de granizo e teve que esqueletar a lavoura para que consiga colher no próximo ano. Isso, se a florada for boa, porque pela análise dele, “o crescimento dos galhos foi pequeno e onde nasceriam 10 flores, vão vir apenas 5”, completou ele.
Fonte: Notícias Agrícolas // Talita Benegra