16/04/2014 | Café
Os futuros do café arábica registraram a maior queda porcentual diária em três semanas na Bolsa de Nova York, influenciados principalmente por um fator técnico. Durante o pregão, as cotações alcançaram o patamar mais alto desde fevereiro de 2012, o que motivou investidores a vender contratos para embolsar lucros. Em 2014, o arábica acumula valorização de 76%, refletindo temores de uma safra menor no Brasil após a forte estiagem dos dois primeiros meses do ano. A queda de ontem foi motivada também por previsões de chuvas isoladas em regiões produtoras do País, que poderiam evitar danos maiores aos cafezais. Analistas observaram que o mercado deve continuar volátil enquanto não houver dados mais concretos sobre os prejuízos. O contrato com vencimento em maio caiu 6% e fechou a !95,°5 centavos de dólar por libra-peso.
Na Bolsa de Chicago, o trigo fechou em alta de 3,4%. Além da crise na Ucrânia, que pode afetar a produção e as exportações do país, o clima adverso em áreas de cultivo dos Estados Unidos ameaça a safra de inverno. Segundo a meteorologia, parte da principal região produtora dos EUA sofre com o frio intenso, enquanto outra é castigada por uma longa Estiagem.
A Soja avançou 1,6%, após dados que mostraram um processamento maior da oleaginosa nos EUA em março. Processadoras do país esmagaram 4,19 milhões de toneladas de Soja no mês passado, um volume 8,6% maior que o de fevereiro. Analistas previam o esmagamento de, no máximo, 4,08 milhões de toneladas.
8,9% é a alta acumulada pelo café em abril na Bolsa de Nova York.
Fonte: Angelo Ikeda, O Estado de S. Paulo