Presidente da Organização Internacional do Café, falou sobre cenário atual
09/07/2012
Os preços atuais do café impedem uma situação de conforto para o aumento da produção mundial, avalia o diretor-executivo da Organização Internacional do Café (OIC), o brasileiro Robério Silva. Recentemente, as cotações despencaram, assustando os produtores.
Nos últimos dias, o café passou a se recuperar diante das preocupações com a qualidade da safra brasileira que chega lentamente ao mercado, afetada pelas chuvas, além da melhora do cenário geral.
Apesar da tentativa de retomada, o executivo acredita que os preços ainda não trazem a perspectiva de crescimento da produção mundial. “É preciso criar incentivos de médio e longo prazo para permitir a recuperação da produção de café”, disse. “O principal incentivo é sempre o preço.”
O executivo acredita que um patamar de US$ 2,00 por libra-peso seria razoável para estimular o plantio. Ele frisa que essa é a sua própria estimativa, e não da OIC. Atualmente, a cotação está por volta de US$ 1,80.
Por uma série de acontecimentos, os operadores viram que o quadro não era tão favorável para comprar a preços baixos e o movimento se reverteu. Silva avaliou o papel dos emergentes no consumo de café. “ Estive na Índia e é impressionante o crescimento de cafeterias e a presença de redes estrangeiras. A China e o Brasil são grandes mercados. É um quadro positivo dos emergentes”.