Acabou o primeiro leilão de opções públicas de venda de café, realizado hoje pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Os cafeicultores e cooperativas que participaram do pregão arremataram toda a oferta de 10 mil contratos de 6 toneladas cada — 1 milhão de sacas de 60 kg — e, agora, tem a opção de vender o café arábica negociado ao Governo Federal, no dia 13 de novembro.
Para o exercício da opção desse primeiro leilão, em novembro de 2009, o cafeicultor tem garantido um valor de R$ 293,9985 a ser pago pelo governo pela saca, caso as cotações do mercado estejam inferiores a esse patamar. Isso porque o prêmio referente a cada contrato foi de R$ 950,15, o que representa R$ 9,5015 por saca de 60 kg, gerando um ágio de 526,13% sobre o valor inicial definido para o prêmio, que era de R$ 151,75 ou R$ 1,5175 por saca.
Considerando que o preço de exercício estipulado pelo Governo para a saca, nesse primeiro leilão, foi de R$ 303,50 e que as onerações com embalagem serão indenizadas pela Conab, fazendo a subtração do prêmio de R$ 9,5015 do valor de exercício de R$ 303,50, chegaremos aos cerca de R$ 294,00. “Há que se considerar, contudo, que existem outros encargos relativos a transporte e taxas da própria Conab, os quais devem ser de R$ 10 a R$ 11, fato que determina o valor de entrega do produto ao Governo por valores entre R$ 283,00 e R$ 284,00”, recordou um dos participantes do leilão de hoje.
Segundo informações da assessoria de imprensa da Conab, foram arrematados 4.950 contratos por meio de uma bolsa de mercadorias localizada em São Paulo (SP), 2.086 em Uberlândia (MG), 1.847 em Belo Horizonte (MG), 564 em Londrina (PR), 414 em Maringá (PR), 129 em Goiânia (GO), 8 em Brasília (DF) e 2 em Curitiba (PR).