Café da Alta Mogiana terá selo de qualidade

Associação própria para cafés especiais quer dar notoriedade ao produto da região Com objetivo de resgatar uma tradição e estar à frente de ações para transformar a região da Alta Mogiana (SP) em um pólo de referência e excelência em café, produtores locais estão criando a Alta Mogiana Specialty Coffees (AMSC). “Queremos promover os cafés especiais da região, que está um pouco apagada em relação à outras regiões”, ressalta o diretor de Marketing da AMSC, João Guilherme Pires Martins.

Para associar-se e ter direito ao selo de qualidade e origem, os produtores de café da Alta Mogiana precisam adotar algumas regras, como o código de conduta da associação, que tem base nas leis ambientais e sociais. “Os produtores têm responsabilidades social e ambiental, entre elas, preservar nascentes, rios, mananciais e reserva legal”, explica Martins. Precisam adotar também o uso de EPI (equipamento de proteção individual), recolhimento de impostos e ter funcionários registrados, entre outras exigências.

A AMSC exige ainda que o produtor siga o padrão mínimo de qualidade, que é baseado na Specialty Coffee Association of American (SCAA), de 75 pontos. Para chegar a este padrão, destaca Martins, o produtor tem que seguir uma regra de 117 itens, desde a escolha da semente até o produto acabado: secagem boa, armazenamento adequado, tempo de descanso adequado, etc. Com o selo de qualidade, a expectativa é conseguir valorizar o produto em até 30%.

Com sede em Pedregulho, a AMSC abrangerá os municípios de Altinópolis, Batatais, Buritizal, Cristais Paulista, Franca, Itirapuã, Jeriquara, Patrocínio Paulista, Pedregulho, Restinga, Ribeirão Corrente e São José da Bela Vista. O volume de produção da região hoje é de 1 milhão de sacas (60 quilos). A linha de café especial deve atingir de 50 mil a 60 mil sacas/ano. Até agora, a associação conta com 16 associados.