As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam em alta pela segunda sessão consecutiva nesta terça-feira (2).
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam em alta pela segunda sessão consecutiva nesta terça-feira (2). Com isso, o vencimento março/16 já se aproxima do patamar de US$ 1,20 por libra-peso. Durante a sessão, o mercado registrou recompras de fundos, o que favoreceu a valorização mesmo com o dólar registrando avanço sobre o real – o que seria um fator de pressão para os preços.
Os lotes com vencimento para março/16 fecharam a 119,85 cents/lb com avanço de 210 pontos, o maio/16 anotou 121,90 cents/lb e recuo de 205 pontos. Já o contrato julho/16 registrou 123,60 cents/lb e 210 pontos de avanço, enquanto o setembro/16 avançou 200 pontos a 125,15 cents/lb.
“O café continua roubando a cena já que apesar de toda a adversidade mercadológica, as cotações conseguiram terminar suas operações no positivo, acima de suportes e tecnicamente, construtivas”, afirma o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães que acredita em um ano interessante para o negócio café.
Após três sessões seguidas e atingir o menor valor no ano, o dólar voltou a subir nesta terça-feira – o que seria um fator de pressão para os preços de café. A moeda estrangeira encerrou o dia cotada a R$ 3,9860 na venda com avanço de 0,67%. Os investidores repercutiram a queda nos preços do petróleo e o fim do recesso parlamentar no Brasil. O dólar mais valorizado ante o real encoraja as exportações da commodity e os preços no mercado tendem a cair, o que acabou não acontecendo hoje.
Em janeiro, os embarques de café em grão do Brasil totalizaram em 20 dias úteis 2,48 milhões de sacas de 60 kg, com receita de US$ 363,4 milhões. Comparando esses dados com o volume exportado pelo País em dezembro de 2015 (2,98 milhões de sacas), houve uma queda de 16,78%. Os dados foram divulgados na segunda-feira (1º) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Em 2015, o Brasil bateu recorde nas exportações de café pelo segundo ano consecutivo, com volume de 37,12 milhões de sacas. Desse total, a quantidade de café verde foi de 33,41 milhões de sacas de 60 kg; de café solúvel, 3,38 milhões de sacas; e de torrado e moído, 33,31 mil sacas. Nos anos de 2013 e 2014 foram exportadas 32,01 e 36,73 milhões de sacas, respectivamente.
No cinturão produtivo do Brasil, os relatos são de que as chuvas contribuíram para o desenvolvimento das lavouras. No entanto, durante toda está semana o tempo deve ficar mais firme, com calor e chuvas isoladas, nas principais origens produtoras.
Mercado interno
Nas praças de comercialização do Brasil, acontecem negócios isolados com café, e com isso, os preços seguem firmes ou registram alta. O dólar em alta hoje também acaba dando suporte aos preços físicos. “A paradeira é gigantesca. O setor, literalmente, já tirou o time de campo, inviabilizando qualquer chance de melhora da liquidez”, explica Marcus Magalhães em referência as festividades de carnaval que se aproximam. “Tudo indica que somente dia 15 de fevereiro é que o ano de 2016 começará”.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 558,00 e alta de 1,27%. A maior oscilação no dia foi registrada em Varginha (MG) com avanço de 1,85% e saca cotada a R$ 550,00.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 560,00 a saca e avanço de 1,27%. A maior variação no dia ocorreu em Varginha (MG) com alta de 1,96% e R$ 520,00 a saca.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação em Varginha (MG) com R$ 515,00 a saca e alta de 1,98%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
Na segunda-feira (1º), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 492,63 com queda de 0,92%.
Bolsa de Londres
Acompanhando Nova York, as cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, avançaram bem nesta terça-feira. O contrato março/16 registrou US$ 1396,00 por tonelada com alta de US$ 21, o maio/16 teve US$ 1426,00 por tonelada com avanço de US$ 18. O vencimento julho/16 anotou US$ 1456,00 por tonelada com valorização de US$ 17.
Na segunda-feira (1º), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 395,70 com recuo de 0,45%.
Fonte: Notícias Agrícolas