23/12/2014
A Bolsa de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica encerrou com mais um dia de baixa nesta terça-feira (23). O contrato março/15 registrou 171,00 cents/lb e o maio/15 anotou 173,60 cents/lb, ambos com queda de 115 pontos. O vencimento julho/15 fechou a sessão com 176,10 cents/lb com 110 pontos de queda e o setembro/15 registrou 178,40 cents/lb com recuo de 105 pontos.
De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o dia nos mercados globais foi lento e marcado por variações sem muita representatividade. “As oscilações tiveram um cunho técnico e assim, não chegaram a empolgar os operadores de plantão”, afirma o analista.
As cotações chegaram a registrar alta pela manhã. No entanto, além de fatores técnicos a valorização do dólar ante o real também exerceu pressão durante a sessão e os preços recuaram.
A moeda norte-americana fechou com alta 1,64%, cotada a R$ 2,7045 na venda, com a divulgação do PIB dos Estados Unidos, que mostrou fortalecimento da economia e motivou a ampliação de apostas de aumento de juros pelo Federal Reserve (Fed). O fortalecimento da moeda encoraja as exportações de café.
“Os Estados Unidos são os maiores consumidores de café do planeta e uma notícia desta, deixa a senha já implícita no ar de que bons ventos poderão soprar no mundo cafeeiro”, diz Marcus Magalhães.
Agências internacionais apontam que a umidade acima da média no começo de janeiro devido as chuvas no cinturão produtivo também pesaram sobre os preços futuros.
A divulgação na segunda-feira (22), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que elevou a expectativa de produção de café no Brasil em seu quarto levantamento da safra 2014/15 também ainda repercute entre os operadores. Tanto que na sessão anterior fez com que o mercado registrasse queda de 250 pontos.
Segundo a Companhia, a produção de café beneficiado (arábica e conilon) no Brasil, este ano, é de 45,3 milhões de sacas de 60 quilos. Houve uma redução de 7,7% ou 3,8 milhões de sacas a menos que as 49,1 milhões produzidas na última safra. Comparado ao levantamento de setembro, houve aumento de 0,5%.
Mercado interno
De acordo com Magalhães, o setor produtivo continua arredio a conversas mercadológicas deixando as praças de comercialização operando dentro de um grande vácuo de ofertas.
O tipo cereja descascado teve maior variação na cidade de Guaxupé-MG, onde a saca está cotada a R$ 553,00 e teve alta de 0,73%. A cidade também tem o maior valor de negociação.
Para o tipo 4/5, a cidade com maior valor de negociação também foi Guaxupé-MG que tem saca cotada a R$ 541,00 e teve valorização de 0,74%. A localidade teve a maior oscilação de preço no dia.
O tipo 6 duro anotou maior valor em Franca-SP com R$ 490,00 a saca e preço estável em relação a segunda-feira. O município com variação mais expressiva no dia foi Espírito Santo do Pinhal-SP com valorização de 1,11% e saca cotada a R$ 455,00.
Na segunda-feira (22), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou queda de 0,55% e está cotado a R$ 457,14 a saca de 60 kg.
Tipo 4/5 fecha em baixa na Bovespa seguindo Nova York
As cotações do café arábica tipo 4/5 tiveram mais um dia de queda na BM&F Bovespa. O vencimento março/15 registrou US$ 208,10 com desvalorização de 0,22% e o setembro/15 fechou o dia com baixa de 0,25% cotado a US$ 215,70.
Liffe registra alta em Londres
As cotações do café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) fecharam com alta nesta terça com cobertura de posições vendidas. O contrato janeiro/15 está cotado a US$ 1874,00 por tonelada com valorização de US$ 20, o março/15 teve US$ 1911,00 por tonelada e avanço de US$ 18 e o maio/15 anotou US$ 1938,00 por tonelada com alta de US$ 27.
Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas