Por volta das 12h37, o vencimento maio/16 tinha 114,15 cents/lb com baixa de 105 pontos, o julho/16 registrava 116,15 cents/lb com recuo de 100 pontos.
Nesta tarde de segunda-feira (29), as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam do lado vermelho da tabela pela quinta sessão consecutiva ainda repercutindo o comportamento do dólar, aspectos referentes a indicadores técnicos e o ambiente externo, uma vez que praticamente todas as variáveis fundamentais já foram precificadas pelo mercado.
Por volta das 12h37, o vencimento maio/16 tinha 114,15 cents/lb com baixa de 105 pontos, o julho/16 registrava 116,15 cents/lb com recuo de 100 pontos. Já o contrato setembro/16 tinha 117,95 cents/lb com 95 pontos negativos, enquanto o dezembro/16 operava com 120,05 cents/lb e 90 pontos de desvalorização.
De acordo com informações divulgadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP) na semana passada, as lavouras de arábica têm se desenvolvido bem e em algumas regiões a maturação está adiantada, o que deve favorecer a colheita antecipada. No geral, os relatos dos produtores são otimistas e, alguns, já esperam um aumento do volume e da qualidade dos grãos na temporada 2016/17.
Diante dessa expectativa otimista, o mercado agora se baseia em fatores mais técnicos. O câmbio, por exemplo, tem influenciado bastante os preços externos nas últimas sessões, pois impacta as exportações. Às 12h40, a moeda norte-americana operava com queda de 0,54%, vendida a R$ 3,9759. Os investidores repercutem as intervenções do Banco Central com leilões de linha e as ações da China para estimular a economia ao cortar a taxa de compulsório.
Segundo analistas, as cotações na ICE devem continuar oscilando tecnicamente e sendo influenciadas pelas incertezas que pairam no financeiro internacional. “Os operadores já precificaram que a safra nova será boa para o arábica. Com isso, as bolsas internacionais continuam a trabalhar em estreitas margens. Acho que o mercado não tem força suficiente, salvo fato novo, para romper o patamar de US$ 1,15 e subir acima US$ 1,20/lb”, explicou o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, na sexta-feira passada.
De acordo com o diretor de commodities do Banco Société Générale, Rodrigo Costa, “o fechamento [de sexta-feira] dos terminais Londrino e Nova Iorquino não inspira confiança aos altistas e se o dólar americano se valorizar as chances são grandes de vermos ambos mercados fazerem novas mínimas”.
Nas praças de comercialização do Brasil, os negócios com café seguem lentos e os preços firmes, mesmo com a forte queda do lado externo. “O mercado interno opera lento e sem pegada compradora, com preços frágeis e nominais”, explica Magalhães.
Fonte: Notícias Agrícolas