CAFÉ – CONSÓRCIO INTENSIFICA AÇÕES DE TRANSFERÊNCIA E DIFUSÃO DE TECNOLOGIA

Por: Cibele Aguiar








           Em 2006, além dos projetos de pesquisa que compõem o Programa Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento do Café (PNP&D/Café), Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café (CBP&D/Café), administrado pela Embrapa Café, apoiou mais de 250 ações de transferência e difusão de tecnologia, com ênfase em eventos, que levaram conhecimento a mais de 130 mil pessoas ligadas ao agronegócio café.



         O balanço destas ações reforça o cumprimento da meta do CBP&D/Café em desenvolver estudos, pesquisas e atividades capazes de dar sustentação tecnológica e econômica à cadeia produtiva do café, no sentido de expandir e consolidar a capacidade de identificação de problemas e geração de alternativas tecnológicas.



         Além dos eventos, o CBP&D/Café contribuiu para formação dos profissionais e produtores ligados ao café através de publicações técnicas, boletins agrometereológicos e registros históricos sobre temas relevantes ao agronegócio. O CBP&D/Café também presta consultoria através do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC), além de participação em grandes eventos agropecuários que não tem o café como tema central, que abrangem também outras cadeias produtivas.



        Outra novidade é a participação do Consórcio na rede de negócios, colaboração e conhecimento, denominada Peabirus, em parceria com o Conselho Nacional do Café (CNC). Desta maneira, verifica-se o efeito multiplicador das ações de transferência e difusão de tecnologia, com reflexos no melhor gerenciamento da propriedade cafeeira. 



         IntegraçãoAtualmente, o CBP&D/Café integra 45 instituições brasileiras de pesquisa, ensino e extensão rural, abrangendo os principais Estados produtores de café. O apoio financeiro advindo do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) possibilita às instituições consorciadas o desenvolvimento de pesquisas e a realização de atividades de transferência e difusão do conhecimento gerado. O gerente geral da Embrapa Café, Gabriel Bartholo, sintetiza a importância das ações do Consórcio: “O objetivo é gerar e transferir conhecimentos e tecnologias que ampliem a competitividade da cadeia produtiva do café brasileiro, contribuam para a maior sustentabilidade e promovam melhor eqüidade social e econômica”.



         Minas lidera eventosMinas Gerais, Estado que produz mais de 50% do café brasileiro (21,12 milhões de sacas na safra 2006/07), também é líder em difusão e transferência de tecnologia com o apoio do CBP&D/Café. Das mais 250 ações promovidas em 2006, mais de 130 foram realizadas em solo mineiro. O Paraná é o segundo Estado com mais atividades de promoção do conhecimento, com destaque para o programa Treino & Visita, metodologia que contribuiu para o incremento da produtividade em cerca de 30% e redução dos custos de produção no Estado, desde a implantação do programa, há dez anos.



          Em termos gerais, as atividades que mais se destacaram foram as palestras, cursos, dias-de-campo e encontros técnicos. O CBP&D/Café também esteve presente em congressos, simpósios, seminários, workshops e feiras agropecuárias, com grande número de participantes envolvidos. Esses eventos caracterizam-se como ferramenta de integração entre os elos do agronegócio café, sempre com foco no atendimento das demandas regionais.O portal do Sistema Brasileiro de Informação do Café (SBI-Café), programa desenvolvido pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), que contempla a Biblioteca Virtual do Café, recebeu neste ano mais de 70 mil consultas ao seu acervo.



           Produtores atendidos Circuito Sulmineiro de Cafeicultura é um exemplo de que o treinamento continuado fortalece a cafeicultura regional, com orientações práticas para se produzir café com melhor qualidade, produtividade e rentabilidade. Organizado pela Emater/MG, Universidade Federal de Lavras (UFLA), Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e Ministério de Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA/PROCAFÉ), com o apoio do CBP&D/Café, em 2006, o Circuito Sulmineiro levou informações sobre o correto gerenciamento da propriedade e manejo da lavoura cafeeira a cerca de 6 mil produtores, com etapas realizadas em 19 municípios mineiros e abrangência nas principais regiões produtoras.



            Da escolha da variedade aos cuidados pós-colheita, além de impactos econômicos e tendências de mercado, toda informação e conhecimento gerado no âmbito do CBP&D/Café recebe tratamento especial e é compartilhado aos produtores, técnicos, pesquisadores, estudantes e profissionais ligados a todos os elos da cadeia café. Da cafeicultura persistente no Paraná ao desbravamento do café em Rondônia, onde existe demanda por conhecimento, lá está o CBP&D/Café apoiando sua disseminação e promovendo o debate para o fortalecimento da cafeicultura.



          Destaque internacionalNa última conferência da Internation Association on Coffee Science (ASIC), em Montpellier, França, o Brasil foi representado por uma comitiva de 35 pesquisadores, das principais instituições de pesquisa. Foram 15 trabalhos apresentados oralmente e outros 47 trabalhos em formato de pôster. A participação brasileira reforça a importância do país não só como líder em produção e exportação, mas também como gerador de pesquisas importantes para o fortalecimento do agronegócio café no mundo.



          Outra iniciativa de destaque foi a realização do III Simpósio Internacional de Cafés Arborizados, no Instituto Agronômico (IAC), em outubro de 2006. A participação de pesquisadores da Costa Rica e especialistas brasileiros incrementaram o debate acerca da importância da arborização, das mudanças climáticas que vêm ocorrendo no mundo e seus reflexos na cafeicultura.   



          ResultadosCom o Programa de Transferência de Tecnologia, a melhoria da qualidade do café passou a ser enfocada junto aos técnicos e produtores. Nos últimos anos, a multiplicação do conhecimento vem trazendo mudanças para a economia cafeeira nos aspectos de produtividade e sustentabilidade.



        Em diversas regiões cafeeiras, os eventos, cursos e treinamentos estimulam os produtores a agregarem valor a seus produtos e, muitos deles, já encontram nichos de mercado que garantem mais rentabilidade ao agronegócio, como os cafés certificados. O resultado desse esforço é o reconhecimento do Brasil não apenas como o maior produtor de café do mundo, mas também como país produtor de tecnologias e exemplo de integração entre as instituições de pesquisa que compõem o CBP&D/Café.



 



 



 



Embrapa Café



www.embrapa.br/cafe



 





























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