Há muitos anos que os produtores da região não viam os pés de café tão carregados. Marconi Casagrande cultiva mais de 110 mil pés de café conilon em Jaguaré, no norte do Espírito Santo. No ano passado, o agricultor colheu mais de 3,2 mil sacas e para a safra deste ano, a expectativa é de um aumento de pelo menos 10%.
A Companhia Nacional de Abastecimento, a CONAB, estima que a produção cafeeira do Espírito Santo tenha um aumento de 12% nesta safra. As chuvas do início do ano foram fundamentais para a boa formação dos grãos. “O café precoce normalmente sai um pouco sofrido, mas desta vez não, ele está bem desenvolvido”, explica José Altino, engenheiro agrônomo do Incaper.
A perspectiva de uma boa safra anima os produtores, principalmente agora, quando os preços do conilon têm variado muito no mercado. Luiz Antônio Polesi, presidente do Centro de Comércio de Café, explica que nos meses de dezembro e janeiro, a indústria nacional demandou em grande quantidade e forçou a subida do café. Agora, acontece o inverso, os preços estão se acomodando.
Outro fator que está fazendo o preço do conilon cair é a safra do Vietnã, maior produtor mundial, que está em plena colheita, colocando bastante produto no mercado. (Expresso MT)