13-04-2015
O café, que foi a commodity com melhor desempenho no ano passado, é agora a pior graças ao retorno das chuvas ao cinturão produtor brasileiro. Precipitações em fevereiro e março melhoraram as perspectivas para a safra que começa a ser colhida em maio. Com mais café a caminho, exportadores estão embarcando de armazéns para abrir espaço para a nova safra.
Devido às mudanças climáticas no Brasil, o café foi também a commodity mais volátil no ano passado. Os preços subiram 50% em meio à seca.
Entretanto, as melhores condições puxaram as cotações para baixo, fazendo-as perder 17% desde dezembro.
Enquanto as chuvas em março reavivaram as lavouras, o clima seco retornou na semana passada, piorando as condições para as plantas, de acordo com a empresa de serviços meteorológicos MDA. As árvores devem se esforçar para se recuperar da seca do ano passado, que foi a pior em décadas. A região ainda precisa de muita chuva, especialmente quando iniciar a temporada seca no final do mês.
O aumento na demanda também deve apertar a oferta, mesmo que a safra brasileira se recupere. O consumo global do café vai subir 3,7% este ano, a quarta alta consecutiva, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês).
Estoques globais
Mais oferta de outros produtores pode ajudar a compensar as perdas no Brasil. Os inventários mundiais subiram 54% nos 24 meses encerrados em 30 de setembro, conforme o USDA.
Os estoques negociados pela ICE Futures que estão vindo da Colômbia, segundo maior produtor de arábica, mais do que dobraram este ano para o maior nível desde 2008. Em Honduras, o maior produtor e exportador na América Central, os embarques saltaram 38% em março de 2015 ante o mesmo mês de 2014.
As informações são da Bloomberg.
Fonte: Safras & Mercado