A comercialização da safra de café 2007/08 (julho/junho) do Brasil está em 22% do total. O dado faz parte do primeiro levantamento mensal de SAFRAS & Mercado, com base em informações colhidas até 30 de junho. O ritmo dos negócios está acima de igual período de 2006, quando 17% da safra 2006/07 estava comercializada.
Com isso, já foram comercializadas 7,99 milhões de sacas, tomando-se por base a estimativa de SAFRAS & Mercado, de uma safra 2007/08 de café brasileira de 36,50 milhões de sacas.
O mercado brasileiro e internacional esteve atento nessa semana para o segundo leilão de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) de café, realizado nesta quarta-feira (11), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O leilão comercializou toda a oferta, de 1 milhão de sacas de 60 quilos – 60 mil toneladas. O prêmio médio ficou em R$ 29,40 por quilograma.
Os produtores ou as cooperativas que arremataram a subvenção deverão agora vender e escoar o produto para qualquer localidade diferente do estado de origem. O preço de venda deverá ser, no mínimo, a diferença entre o valor de referência (R$ 300 a saca de 60 kg) e o prêmio (R$ 39,99 a saca). A partir da entrega dos documentos comprobatórios, a Conab terá dez dias úteis para pagar o prêmio ao produtor.
O mercado internacional não teve grandes variações de preços nos últimos sete dias. Os preços oscilaram dentro de estreitas margens. Enquanto no dia 05 (quinta-feira), o contrato setembro em Nova Iorque fechou a 110,40 centavos de dólar por libra-peso, nesta quinta-feira (12) a bolsa fechou com o mesmo contrato a 111,40 cents, alta de apenas 100 pontos no comparativo.
Já no Brasil, os produtores seguem segurando o café à espera de preços mais altos, especialmente agora com os leilões de Pepro, que negociaram um total de 5 milhões de sacas em duas edições. No entanto, o dólar não pára de cair, atrapalhando os planos dos produtores. No comparativo entre as duas últimas quintas-feiras (05 e 12 de julho), o café bebida boa no sul de Minas Gerais manteve-se na faixa de R$ 230,00 a saca, mostrando a fragilidade da formação de preços diante de um dólar já abaixo de R$ 1,90.
(LC)