Café: Com pressão do câmbio, Bolsa de NY recua 100 pts nesta 2ª feira após quatro sessões seguidas de alta

7 de dezembro de 2015 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam em baixa nesta segunda-feira (7). O mercado, mais uma vez, acompanhou o câmbio que tem oscilado bastante nos últimos dias com investidores repercutindo o atual cenário político e econômico do Brasil e informações do exterior. Apesar da baixa, os vencimentos para 2016 ainda estão acima de US$ 1,25 por libra-peso.


“Os níveis que começaram o dia sem convicção, conseguiram inverter de humor, terminando os trabalhos, numa visão técnica, dentro de um interessante intervalo mercadológico e principalmente, acima de importantes suportes”, afirma o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.


O vencimento dezembro/15 fechou a sessão cotado a 122,65 cents/lb com recuo de 135 pontos, o março/16 teve 126,05 cents/lb com 90 pontos de desvalorização. Já o contrato maio/16 anotou 128,15 cents/lb com baixa de 95 pontos, enquanto o julho/16 encerrou a sessão com 130,15 cents/lb e 100 pontos negativos.


Já o dólar comercial encerrou esta segunda-feira cotado a R$ 3,7589 na venda com alta de 0,53%, após oscilar dos dois lados da tabela. Os investidores repercutiram a valorização da moeda norte-americana no exterior e a forte queda nos preços do petróleo. Até o início da tarde, a moeda operava praticamente estável com investidores adotando cautela enquanto o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff tramita no Congresso Nacional.


De acordo com informações do analista Sênior da RC Consultoria, Thiago Custodio Biscuola, o preço do petróleo abaixo dos US$ 40,00/barril pode aumentar a margem de lucro do produtor rural pelo mundo, no entanto, isso não significa maior demanda pelas commodities agrícolas. Os preços para o barril atingiram o menor patamar em sete anos nesta segunda-feira após a reunião da Opep terminar sem referência a um teto de produção, informou a Reuters.


No cinturão produtivo do Brasil, as chuvas continuam beneficiando as lavouras de café da safra 2016/17. No entanto, para os analistas, este cenário já foi precificado na bolsa. De acordo com dados da Somar Meteorologia, as precipitações devem continuar nesta semana, sendo mais intensas entre Minas Gerais e Espírito Santo.


Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o Assessor Técnico da Comissão Nacional do Café da CNA, Fernando Rati disse que diante deste cenário um pouco mais otimista para o café no Brasil, a produção em Minas Gerais, maior estado produtor de arábica, deve subir até 20% na próxima temporada, podendo chegar a 24 milhões de sacas de 60 kg.


Mercado interno


No Brasil, os negócios com café continuam bem lentos nas praças de comercialização. “Os preços continuam sustentados, mas a liquidez envolvida na rotina é curta, o que vem deixando os dias morosos e sem perspectivas de melhora no curtíssimo prazo”, explica Marcus Magalhães.


O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 559,00 e alta de 0,54%. A maior oscilação no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) com valorização de 1,50% e saca a R$ 524,00.


O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 564,00 a saca e alta de 0,53%.  A maior variação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com alta de 1,42% e saca cotada a R$ 499,00.


O tipo 6 duro teve maior valor de negociação em Varginha (MG) com R$ 510,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com baixa de 0,97 e saca cotada a R$ 510,00.


Na sexta-feira (4), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve valorização de 1,94% com a saca de 60 kg cotada a R$ 483,65.


Bolsa de Londres


As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam praticamente estáveis nesta segunda-feira. O contrato janeiro/16 teve US$ 1537,00 por tonelada com avanço de US$ 1, o março/16 registrou US$ 1567,00 por tonelada com valorização de US$ 3 e o vencimento maio/16 teve US$ 1597,00 por tonelada com alta de US$ 5.


Na sexta-feira (4), o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 379,02 com alta de 0,20%.


Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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