Nesta quinta-feira (1º), as cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com leve queda após ficar por duas sessões consecutivas no campo positivo. O novo avanço do dólar ante o real acabou pressionando o mercado, que recuou praticamente todos os ganhos de ontem. O volume de negócios no mercado externo foi abaixo da média já que a maioria dos traders participa de eventos e conferências.
No Brasil, o ritmo de negócios no mercado continua lento. Com algumas vendas reportadas para os melhores tipos. Ainda assim, com ajuda do dólar hoje, o preço médio dos tipos mais negociados está em cerca de R$ 500,00 a saca nas praças de comercialização verificadas pelo Notícias Agrícolas.
O vencimento dezembro/15 para o café arábica em Nova York registrou hoje 120,75 cents/lb com baixa de 60 pontos. O março/16 teve 123,85 cents/lb e o maio/16 anotou 125,95 cents/lb, ambos com recuo de 55 pontos. O contrato julho/16 encerrou o dia com 127,70 cents/lb e 60 pontos de queda.
Segundo analistas, diante da falta de novidades nesta quinta-feira, a bolsa norte-americana repercutiu aspectos de ordem mais técnica, como o câmbio.
“Mais uma vez, as ações estiveram centradas em compras e vendas ligeiras, o que permitiu a posição dezembro se manter bastante próxima do intervalo psicológico de US$ 120,00 cents/lb”, afirma o analista da Origem Corretora, Anilton Machado.
Hoje a moeda norte-americana avançou 0,93%, cotada a R$ 4,0024. O dólar mais valorizado ante o real encoraja as exportações da commodity.
Nas últimas sessões, os futuros do arábica valorizaram-se acompanhando a queda do dólar ante a moeda brasileira e a revisão para baixo na estimativa da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) para a safra do Brasil.
Na terça-feira (29), a Conab revisou para baixo a produção da safra 2015/16 do Brasil, o que acabou dando suporte às cotações no mercado externo e no Brasil. A companhia estima que o país tenha colheita de 42,15 milhões de sacas de 60 kg de café arábica e conilon. Para a próxima safra, estima-se que sejam produzidas 31,3 milhões de sacas.
Mercado interno
As negociações no mercado físico brasileiro permanecem no mesmo ritmo, acontecem mais negócios com os melhores tipos. “A paradeira é gigantesca já que a conjugação de preços ruins, clima adverso e custos em elevação não contribuem em nada para que a liquidez retorne as praças de comercialização”, diz o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 560,00 e valorização de 0,75%. A maior oscilação no dia ocorreu em Varginha (MG) com avanço de 3,77% e saca cotada a R$ 550,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação também em Guaxupé (MG) com R$ 560,00 a saca e valorização de 0,72%. A maior oscilação no dia ocorreu em Franca (SP) onde a saca recuou 3,85%, para R$ 500,00.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé (MG) com R$ 504,00 a saca e alta de 0,80%. A maior oscilação ocorreu em Patrocínio (MG) com valorização de 4,35% e R$ 480,00 a saca.
Na quarta-feira (30), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou queda de 0,62% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 472,90.
Bolsa de Londres
As cotações do café robusta na ICE Futures Europe perderam todos os ganhos da sessão anterior nesta quarta-feira. O vencimento novembro/15 fechou cotado a US$ 1550,00 e o janeiro/16 teve US$ 1557,00 por tonelada, ambos com desvalorização de US$ 26, o contrato março/16 registrou US$ 1568,00 por tonelada e US$ 28 de recuo.
Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas