Café: Colheita no Cerrado chega a 95%, diz Caccer

A colheita de café no cerrado de Minas Gerais está em torno de 95% do total. Esta é a avaliação do presidente do Caccer (Conselho das Associações de Cafeicultores do Cerrado), Francisco Sérgio de Assis, de acordo com informações do Centro de Inteligência do Café (CIC).
A comercialização está lenta no cerrado mineiro, envolvendo mais entregas a futuro de café e CPRs (Cédula de Produto Rural) com 40% entregues nesta modalidade. No mercado físico há poucos negócios.

Cerca de 40% da safra foi comprometida com negócios físicos ou futuros. O dirigente do Caccer destaca que o produtor está segurando o café à espera de melhores preços. Se o cafeicultor fizer negócios abaixo de R$ 250,00 toma muito prejuízo, destaca, diante do custo mais alto de produção neste ano de safra menor. Francisco Sérgio de Assis demonstra preocupação com as floradas precoces de julho.

Essa florada está detonando as plantas, afirmou em entrevista à Agência SAFRAS. O potencial produtivo para o ano que vem não será atingido, alertou. Observa que 30% do cerrado tem irrigação, mas 70% das áreas estão desprotegidas, e estão faltando chuvas. A previsão é de que não teremos chuvas até o dia 19, lamenta Francisco.

Quanto aos recursos aprovados pelo Funcafé (Fundo de Defesa da Economia Cafeeira) no orçamento para o próximo ano (R$ 2,56 bilhões), redução da taxa de juros de 9,5% para 7,5% ao ano e prorrogação de débitos, Francisco Sérgio de Assis diz que o governo está fazendo a sua parte e temos que reconhecer isso.

Observa que o governo está gerindo bem os fundos do Funcafé e que isso vem garantindo a ampliação de receitas para a cafeicultura.

Arnaldo de Sousa