O café, um dos principais cultivos da Ilha, foi atingido consideravelmente neste ano pelos fortes ventos e inundações, resultantes dos ciclones de grande intensidade, como Gustav e Ike O café quase desapareceu da província de Pinar del Río, a oeste de Cuba, e completamente, no município da Ilha da Juventude, territórios que receberam o maior impacto dos potentes meteoros, informaram especialistas do Grupo Empresarial Agricultura de Montanha (GEAM).
Porém, especialistas prognosticaram que, apesar das notáveis perdas, 2008 será um bom ano para a colheita — ainda não finalizada —, pois vai superar em 20% a da safra anterior, com a colheita de mais de 8.600 toneladas. O presidente do GEAM, Carlos Hernández, explicou que isto é devido à urgente mobilização para a colheita de café, ao melhoramento das condições de trabalho, assim como ao aumento do estímulo salarial, tanto aos produtores privados quanto aos estatais. “Tais medidas possibilitaram o resgate, em menos de três meses, de 6 mil sacas desse grão que se encontravam no solo, de um total de 927 mil cafeeiros arruinados”, afirmou.
Precisou também recuperar todos os armazéns danificados; dos 105 despolpadores destruídos, 74 entraram em funcionamento e reabilitaram 9.930 plantações de 13.120 hectares. “Neste ano, houve mais insumos produtivos, adquiridos de um componente em divisas, gerados da venda do produto em moeda nacional; foram aplicados adubos após dez anos sem utilizá-los e garantiu-se a roupa dos agricultores, assim como as ferramentas necessárias para seu trabalho”, acrescentou.
Destacou, além do mais, o incremento de plantações há quatro anos, das quais se conseguiram 6 mil hectares graças ao tratamento dos cultivadores. O presidente do GEAM salientou que, no leste do país, a situação é muito favorável. O município de Maisí, na província de Guantánamo, já cumpriu a colheita deste ano e continua colhendo. Em Santiago de Cuba, onde a grande maioria dos cafeeiros é da variedade robusta, chegou a um milhão dos dois milhões estimados e Granma vai avançando. “No caso de Holguín, particularmente os municípios de Sagua de Tánamo e Mayarí, se conseguirem um melhor rendimento industrial, vão cumprir seu plano. Estes dois últimos territórios apresentam uma grave situação meteorológica com inundações, por causa de intensas chuvas”, disse Carlos Hernández. Também ressaltou que no centro do país, a província de Villa Clara avança na colheita, apesar dos prejuízos no território de Jibacoa, enquanto Cienfuegos e Sancti Spíritus estão atrasados, porém podem atingir suas metas de produção. O Grupo Empresarial Agricultura de Montanha pretende, para 2015, conseguir um alto nível na exportação de café e satisfazer a demanda interna, sendo necessárias 26 mil toneladas anuais para suprir tais necessidades. “Com esse fim, existe um grande programa de investimentos que inclui a plantação de mais de 15 mil hectares de cafeeiros da variedade arábica e mais de 12 mil da variedade robusta”, indicou Carlos Hernández. “Nosso café tem alta demanda no mercado. Nestes anos, conseguimos melhorar a qualidade do produto, que foi muito danificado pelos desastres naturais de 2006”, assegurou o presidente do GEAM, que ratificou que neste ano, apesar dos severos estragos provocados pelos eventos meteorológicos, espera-se atingir a cifra de colheita de café avaliada. As informações partem do Digital Granma International. café e Mercado