Belo Horizonte, 23 – O presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Gilson Ximenes defendeu hoje que o governo flexibilize o padrão de qualidade exigido para os contratos de opção, nos próximos exercícios previstos para os meses de janeiro, fevereiro e março. A grande dificuldade enfrentada pelos cafeicultores no primeiro exercício dos contratos, feito este mês, ocorreu no preparo do produto a ser entregue nos armazéns.
Por conta do grande volume de chuvas que atingiu as principais regiões produtoras no período de colheita, a qualidade da bebida foi prejudicada, chegando a ficar levemente fermentada.
O edital do leilão dos contratos de opção de venda determinou que o café a ser entregue fosse de safra colhida em 2009, tipo 6, bebida dura para melhor, com até 86 defeitos, peneira 13 acima, admitindo até 10% de vazamento, e teor de umidade de até 12,5%, em sacas de 60 quilos. “A safra deste ano é de péssima qualidade e o setor está em cima (do governo) para flexibilizar. Se não conseguirmos, ninguém vai entregar café”, afirmou Ximenes.
Conforme o presidente da Comissão de Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Breno Mesquita o assunto já foi levado ao ministério e uma solução para o problema irá depender “do bom senso” do governo. “Vai haver problema, principalmente para as futuras entregas”.