Cenário: Filipe Domingues – O Estado de São Paulo
A colheita de café do Brasil está na reta final e o aumento da oferta vem pesando nas cotações. Investidores e analistas esperam ver uma produção recorde neste ano e o País é o maior produtor e exportador mundial da commodity. Após um período de chuvas fora de época, que atrasaram os trabalhos no campo, a colheita vem avançando e os preços do café começaram a ceder.
Analistas preveem um aumento expressivo da oferta no curto prazo, na medida em que o café for vendido pelos produtores brasileiros na origem. Ontem, os contratos do café para entrega em dezembro fecharam em baixa de 0,63%, cotados a 166,0 cents/lb.
Alguns participantes do mercado ponderam, no entanto, que, apesar de a produção nacional ser volumosa, o clima úmido no início do ano pode ter reduzido a qualidade do café arábica brasileiro. Segundo a Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), cerca de 30% do café de algumas áreas produtoras foi perdido por causa da baixa qualidade e os danos totais serão avaliados nas próximas semanas.
De modo geral, os preços das commodities agrícolas oscilaram pouco ontem. As cotações do trigo tiveram a maior queda do dia na Bolsa de Chicago, de 2,0%. O Egito comprou 120 mil toneladas do cereal na Rússia e na Ucrânia, e não dos Estados Unidos, o que pressionou as cotações em Chicago. Além disso, choveu em lavouras que enfrentavam clima seco no Estado americano do Kansas, o que não estava previsto. O milho cedeu 0,41% e a soja fechou em baixa de 0,17%.
Fonte: O Estado de S.Paulo 15/08
Comentários
João Brasileiro
Na verdade os preços continuam controlados e sempre serão, pois os vecimentos de setembro estão próximo, não acredito que há necessidade de se terminar a colheita para o café chegar ao mercado.