Da Redação, 20/06/2006 – 11:02h
Há outros países em que o plantio tem aumentado, mas são iniciantes e o potencial não é grande. O estoque mundial de café é um dos mais baixos dos últimos 20 anos, suficiente para três meses de abastecimento. Isto significa que qualquer problema que afete a produção no Brasil pode mudar muito o quadro atual.
Cenário de otimismo – “O cenário que se desenha é bastante semelhante ao que antecedeu 1997, quando os preços do café estouraram, chegando a US$ 300,00 a saca, mas isso não quer dizer que vamos ter café a este preço novamente”, afirmou o gerente de comercialização da Cocamar, Adenir Volpato, o “Gabarito”.
Esses dados foram apresentados por ele, recentemente em Japurá, região de Cianorte, a cafeicultores da região que participaram de uma ATC (Assistência Técnica Coletiva) sobre mercado e comercialização do produto, promovida pela cooperativa. A palestra abordou também a importância do café como opção de diversificação da propriedade e de se cuidar da lavoura e da colheita para garantir produtividade e qualidade.
O gerente de comercialização da Cocamar alertou, entretanto, que já foi o tempo que uma geada ou estiagem no Paraná afetava os preços no Brasil e no mundo. A atual produção paranaense, cerca de 2 milhões de sacas, representam apenas 5% do que o Brasil produz, contra os 20 milhões de sacas de Minas Gerais, quase metade da produção brasileira de café. “Uma estiagem severa ou uma geada forte nos cafezais mineiros, isto sim poderia impulsionar os preços do café”, disse. (fonte: Assessoria de Imprensa da Ocepar/Sescoop-PR )