Café Canecão recebe prêmio e mira o exterior

22 de março de 2010 | Sem comentários Consumo Torrefação
Por: DCI

22/03/10


MILTON PAES


CAMPINAS – O Café Canecão, com sede em Campinas e filial na cidade de Lins, foi agraciado com um troféu na categoria indústria como destaque no Agronegócio do Café em 2009, em Salvador (BA), e quer ampliar negócios fora do País. O prêmio foi concedido pela Associação de Produtores de Café (Assocafé) da Bahia, em homenagem a empresas e produtores que se destacaram por serviços prestados ao agronegócio do café em 2009. A cerimônia ocorreu no 11° Agrocafé -Simpósio Nacional do Agronegócio Café, realizado em parceria com Governo do Estado da Bahia, Ministério da Agricultura, Sebrae e outros.


O diretor do Café Canecão, Natal Martins, recebeu o troféu pela indústria premiada no setor, em solenidade seguida de jantar no hotel Pestana, na capital baiana. \”Todo ano eles promovem o simpósio na Bahia e fazem algumas homenagens, e este ano tivemos a grata satisfação de receber o troféu, na categoria indústria, pelos bons serviços que nós temos prestado ao agronegócio do café. Isso é motivo de muito orgulho\”, comemorou o executivo.


Natal Martins ressaltou que anualmente o consumo brasileiro de café tem subido de 4 % a 5%, face a uma média mundial de 1,5%. Segundo pesquisa da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), 97% da população brasileira acima de 15 anos consomem café de maneira regular.


Na avaliação de Martins, isso se deve ao investimento feito pela indústria do setor, nos últimos 20 anos, na modernização dos equipamentos e na melhora da qualidade do café. \”Nós temos melhorado não só com os produtos novos oferecidos aos consumidores, mas temos melhorias também na tecnologia. O Café Canecão investiu pesadamente nisso. Em 2006 nós inauguramos uma fábrica muito moderna em Campinas e não paramos com os investimentos. Ano passado, no auge da crise, nós automatizamos nossa equipe de vendas e compramos dois caminhões\”, diz ele. Este ano, a empresa está atualizando tecnologicamente um torrador com recursos da ordem de R$ 250 mil, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A automatização desse torrador está sendo feita com a finalidade de torrar cafés especiais para exportação e para mercado interno.


O consumo interno brasileiro de café continua crescendo. No período entre novembro de 2008 e outubro de 2009 a Abic registrou o consumo de 18,39 milhões de sacas. No ranking divulgado pela entidade com as 100 maiores indústrias de café do País, o Café Canecão aparece em 26° lugar na relação, concorrendo com várias multinacionais.


O diretor do Café Canecão, Natal Martins, disse ainda que a crise do ano passado prejudicou um projeto da empresa que é a exportação de seus produtos ao exterior. Segundo Martins, o mundo se acostumou a comprar o café brasileiro in natura e o grande desafio hoje é mudar esse paradigma de quase 300 anos para vender o café industrializado, mas infelizmente esbarra em barreiras mercadológicas, comerciais e alfandegárias muito fortes.


\”Nós estamos com um contato muito forte na Europa. Uma pessoa que morou no Brasil e está hoje na Suíça e as conversações estão muito adiantadas para que possamos introduzir o café na Turquia e na Suíça, apesar de no ano passado ter havido embarques muito bons a Dubai, à África do Sul e a países do Oriente Médio que devido a problemas mercadológicos não tiveram sequência\”, comenta.


Números


O Café Canecão é considerado a maior indústria de café da região de Campinas. A empresa, 100% nacional, foi fundada em 1962, tem uma filial em Lins, na região central do Estado de São Paulo, e foi a primeira indústria de café do País a obter a certificação ISO 9001 – versão 2000. A empresa é responsável pela torrefação, moagem e comercialização dos cafés da marca Canecão. Atualmente está presente em 30 municípios da região de Campinas e em 10 cidades da região de Lins.


A empresa pretende futuramente expandir sua marca a outros municípios do Estado de São Paulo visando a atender quase a totalidade do estado. O segundo passo seria a marca expandir-se por meio de atuação em outros estados brasileiros.


De acordo com Natal Martins, não faz parte do modelo de negócio da empresa a aquisição de outras empresas de café. Ano passado foram industrializadas 42 mil sacas de 60 quilos de café, totalizando 2,1 milhões quilos de café, com um faturamento da ordem de R$ 17 milhões. Houve um aumento de 14% do volume comercializado e de 9% do faturamento em relação a 2008.


A perspectiva é de alcançar um crescimento de aproximadamente 15% no volume e de 10% no faturamento em 2010. Na sua preocupação com a qualidade, a empresa conta com um completo laboratório, com equipamento determinador de umidade tanto de café verde quanto de café torrado e moído.

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