(Trecho da composição Cotidiano, de Chico Buarque – veja em vídeo)
O café está presente na primeira refeição do dia de 85% dos
brasileiros, segundo pesquisa do Instituto Toledo & Associados em parceria
com a Escola de Propaganda e Marketing, que ouviu 2.100 pessoas em dez capitais
sobre hábitos alimentares.
“O café é um assunto de apaixonados, por isto está vinculado ao
coração”, brinca o doutor Darcy Lima, fazendo uma alusão ao Dia dos
Namorados e à recém firmada parceria entre a Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa) e o Instituto do Coração (Incor) do Hospital das
Clínicas, da Faculdade de Medicina, da Universidade de São Paulo, para a
realização de pesquisas sobre a relação café e coração. O médico é pesquisador,
professor do Instituto de Neurologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ) e coordenador científico da área de Café e Saúde da Associação Brasileira
da Indústria de Café (Abic).
Um hábito de consumo pode aproximar indivíduos diferentes, facilitar
negócios e estimular amizades ou relações apaixonadas. Funciona como um meio ou
uma ligação entre as pessoas. Assim como os caminhos, as estradas… Ligações
secas e molhadas: rodovias, ferrovias, pontes, túneis, hidrovias, portos e
aeroportos.
Se você
teve curiosidade de espiar, na coluna da semana passada, o link que fizemos para
uma página que divulga o café
orgânico, deve ter observado que as sacas de 60 quilos de café
entram no contêiner através de uma esteira. Aquela cena tradicional do estivador
suportando uma, duas ou mais sacas às costas foi substituída pela imagem de
esteiras rolantes sendo operadas pelos saqueiros (os trabalhadores –
carregadores de café). As esteiras são agora o meio que auxilia o homem a
alcançar este objetivo, no caso o carregamento do
produto.
O contêiner carregado com 300 sacas de café segue de
caminhão para o Porto de Santos. E como disse o gerente da Área de Logística e
Gestão de Produção do Senai/Cimatec da Bahia, Leonardo Sanches de Carvalho, em entrevista para PortoGente: “Hoje o
Brasil é um país que se movimenta sobre as rodas de um caminhão”.Como poderíamos ampliar as possibilidades
destes caminhos?
* Iris
Geiger da Silva é arquiteta e pós-graduada em Gestão Ambiental. i.geiger@uol.com.br