CAFÉ CAI EM NY EM MARÇO E SE SUSTENTA NO BRASIL COM OFERTA ESCASSA

O mercado internacional de café teve um mês de março de ampla volatilidade e de queda nas cotações no balanço do período, enquanto no Brasil o clima foi de maior estabilidade. A oferta restrita e apertada contra a demanda no mundo, com queda nos estoques nas últimas temporadas, ainda garante sustentação fundamental. Entretanto, a proximidade da entrada da safra brasileira, embora de produção modesta dentro do ciclo bienal da cultura, já vai trazendo uma pressão sazonal nas cotações. E a tragédia japonesa derrubou as cotações principalmente na semana posterior ao terremoto e tsunami de 11 de março.

O mercado global continua com cotações relativamente elevadas devido ao cenário de oferta restrita, principalmente para grãos arábica de alta qualidade. Colômbia e América Central em 2010/11 vêm com safras melhores, mas abaixo das expectativas iniciais.

E o Brasil colhe nos próximos meses sua safra, que será menor com a bienalidade. Ou seja, o problema persiste no quadro ajustado de produção e demanda mundial, com o consumo gradualmente avançando. A tragédia no Japão causou fortes perdas em algumas sessões na Bolsa de Mercadorias de Nova York, que baliza as cotações internacionais, com os mercados de commodities temerosos em relação aos efeitos na economia japonesa e global. Mas, passado o impacto inicial, houve uma nova calmaria.

NY também segue presa no café aos aspectos técnicos e gráficos, relutando em cair abaixo dos US$ 2,60 no contrato maio e nas altas tendo dificuldades também de romper resistências, o que garante certo equilíbrio no momento. Mas isso vem de sessões mais recentes, tendo em vista que houve fortes quedas e grandes altas em pregões no mês de março.

No balanço mensal em NY, o contrato maio fechou a quinta-feira (31 de março) a 264,15 centavos de dólar por libra-peso, tendo assim uma queda de 2,8% no acumulado no mês, já que fechara fevereiro a 271,70 cents/lb. Já no mercado físico brasileiro, os preços se sustentaram melhor. A oferta restante da safra 2010 é reduzida, principalmente para cafés de melhor qualidade, e os produtores seguram o café remanescente, o que impede maiores efeitos de quedas nas cotações internacionais.

E isso que o dólar caiu ao longo do mês, sendo outro fator de pressão de baixa. Por outro lado, o comprador também procura jogar com o fato de que a safra nova está por entrar e aguarda por preços mais baixos com a pressão sazonal de entrada da produção 2011. No balanço mensal no mercado físico brasileiro, no sul de Minas Gerais, o café arábica bebida boa terminou março a R$ 538,00 a saca, contra R$ 540,00 a saca do final de fevereiro. Inicio

Mais Notícias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.