O mercado internacional de café teve um mês de agosto de busca de consolidação de preços, sobretudo no arábica na Bolsa de Mercadorias de Nova York, que baliza a comercialização mundial.
Porto Alegre, 2 de setembro de 2016 – O mercado esteve atento às notícias do clima nas regiões cafeeiras do Brasil, recebeu suporte das notícias de floradas precoces com vistas à safra de 2017, mas não encontrou forças para subir e permanecer acima da linha em torno de US$ 1,48 a libra-peso, e nem cair e ficar abaixo de US$ 1,42.
Nas últimas 7 sessões do mês, NY na posição dezembro manteve-se entre essas margens de US$ 1,42 e US$ 1,48 a libra. Foi a manutenção de uma fase de consolidação do mercado iniciada em junho.
No balanço mensal em NY, o contrato dezembro acumulou queda de 1,6%, baixando de 149,50 para 147,05 centavos de dólar por libra-peso. Em Londres, o robusta acumulou no período uma perda de 2,3%.
O mercado brasileiro de café teve um mês de agosto de relativa calmaria, com os produtores e vendedores aparecendo mais nos picos da bolsa. O comprador também esteve cauteloso. No balanço mensal do mercado físico nacional, o café arábica bebida boa no sul de Minas Gerais, com 15% de catação, caiu 2%, saindo de R$ 500,00 a saca ao final de julho para fechar agosto em R$ 490,00. O conilon tipo 7 em Vitória/Espírito Santo subiu de R$ 412,00 a saca para R$ 420,00 a saca no mesmo comparativo, alta de 1,9%, diante dos problemas com a oferta do conilon no ano.
Exportações
As exportações brasileiras de café em grão obtiveram receita de US$ 422,2 milhões em agosto, com média diária de US$ 18,4 milhões em 23 dias úteis. O volume embarcado totalizou 2.624.600 sacas de 60 quilos, com média diária de 114,1 mil sacas. O preço médio foi de US$ 160,80 por saca em agosto. Os dados foram divulgados pela Secretária de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Em julho de 2016, o Brasil havia obtido receita de US$ 271,4 milhões – média de US$ 12,9 milhões, através das exportações de 1,737 milhão de sacas de café, com média diária de 82,7 mil sacas. O preço médio ficara em US$ 156,20 por saca. Na comparação entre agosto de 2016 e julho de 2016, as exportações de café subiram 42,0% no valor médio diário e 37,9% na quantidade média diária e o preço médio subiu 3,0%. O volume total de café verde exportado em agosto (2.624.600 sacas) subiu 51% contra julho (1.737.400 sacas).
Em agosto do ano passado, a receita das exportações de café havia somado US$ 424,2 milhões (média diária de US$ 20,2 milhões), e o volume embarcado chegara a 2,699 milhões de sacas (média de 127,1 mil sacas/dia), com preço médio de US$ 158,90 por saca. Houve, portanto, em agosto de 2016, um declínio de 9,1% em receita média diária e uma baixa de 10,2% na quantidade média diária embarcada no comparativo com agosto de 2015. O preço médio diário nas exportações em agosto de 2016 foi 1,2% maior que o de agosto de 2015.
As exportações em volume total de café verde em agosto de 2016 (2.624.600 sacas) foram 2,8% menores que o volume de agosto de 2015 (2.699.900 sacas).
Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS