Café brasileiro segue tendência de alta no mercado externo

– 16/5/2006


O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) divulgou que o preço médio do produto brasileiro comercializado no mercado internacional registra uma tendência de alta e “firme recuperação de preços verificada em 2002”. No mês de abril, o custo de cada saca de 60 quilos embarcada passou de US$ 116 para US$ 123 em comparação com o mesmo período do ano passado.


Porém, de acordo com o Cecafé, o volume do último mês foi 15% menor em relação a abril de 2005. “A queda já era previsível em razão de uma safra menor e da redução nos estoques internos. Faltam só dois meses para o final da safra e o Brasil já exportou 70% da produção, cerca de 20 milhões de sacas de um total de 33 milhões esperadas”, explicou o diretor-geral da entidade, Guilherme Braga.


Na semana passada, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), informou que os estoques privados de café brasileiro estão estimados em 9,723 milhões de sacas de 60 quilos.


O levantamento, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), revelou a seguinte distribuição dos estoques privados: indústrias, 424 mil sacas, café solúvel 184 mil sacas, exportadores 2,5 milhões, cooperativas, 3,3 milhões e outros com 3,1 milhões.


MODELO DE GESTÃO SETORIAL EFICIENTE – Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Guivan Bueno, o Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) pode ser considerado “eficiente e prático, e tem articulado ações dos agentes de toda a cadeia produtiva”.


Segundo Bueno, outro modelo “exemplar” é a gestão do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), que, atualmente, soma R$ 3,5 bilhões, dos quais R$ 1,2 bilhão já no caixa, prontos para serem transformados em linha de crédito para a cafeicultura e a indústria.


“Estamos cercados de estratégias que desenharam um novo perfil do agronegócio do café brasileiro. Basta ver a recuperação do parque cafeeiro, com um aumento de produtividade que praticamente dobrou em relação aos anos 90. Além disso, a melhoria contínua da produção colocou o Brasil entre os maiores fornecedores mundiais de grãos de alta qualidade, com a ampliação das exportações de café verde”, destacou.

Por Flávia Gavioli – São Paulo

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