Há demanda externa para o café brasileiro; sabor está na preferência de mercados exigentes como os países escandinavos | |
Braga afirma que a qualidade do produto brasileiro o coloca como lider nos principais mercados consumidores, como a Itália, com 40% das opções de compra e 55% nos países escandinavos, como a Suécia e a Finlândia. Em 2004, as exportações de café movimentaram 26 milhões de sacas de 60 quilos, gerando uma receita de US$ 2,9 bilhões. No ano passado a oferta do produto foi menor, devido a uma redução na safra nacional. A expectativa dos exportadores e de que este ano as vendas externas alcancem números semelhantes. A demanda pelo café brasileiro é bastante positiva e, na avaliação do diretor do CeCafé, ainda não atingiu maiores percentuais de venda porque esbarra na constância do volume ofertado. Para ele, há uma volatidade da cultura que impede isso. ”Temos influências das condições climática, dos tratos culturas, e ainda do desestímulo dos produtores pelos baixos preços que não despertam para novos investimentos”, avalia. Quanto aos preços, Braga completa a informação dizendo que há uma reação positiva no valor do café, desde 2004, que já cria boas expectativas quanto a uma normalização da oferta. Ele lembra ainda a reclamação atual da agricultura sobre a política cambial adotada pelo governo brasileiro. ”O preço da saca em dólar é bom, mas a taxa de conversão para o real não ajuda”. Os bons ventos da cafeicultura não se restringem ao mercado externo. O consumo interno do café também vem crescendo, graças à melhoria na qualidade da bebida oferecida e o surgimento de mercados e cafeterias especiais. A estimativa do setor aponta para uma taxa de crescimento anual de 1,5%. ”O Brasil precisa ampliar a produção de café”, sentencia. |